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quinta-feira, 26 de julho de 2018

FAKE NEWS

Facebook derruba rede de fake news usada pelo MBL

Rede Social retirou 196 páginas e 87 contas do ar; movimento fala em 'censura'
Movimento ganhou destaque por liderar protestos em 2016 a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff

Facebook retirou do ar uma série de páginas e usuários que eram usados pelo movimento Movimento Brasil Livre (MBL) para disseminar conteúdo que incluia notícias falsas, como os perfis Jornalivre, Brasil 200 e O Diário Nacional. De acordo com a empresa, 196 páginas e 87 contas foram removidas com base no código de autenticidade da rede, porque "escondiam das pessoas a natureza e origem de seu conteúdo" e tinham o propósito de gerar "divisão e espalhar desinformação".
Essa não é a primeira ação da rede contra o MBL. Como revelado no início do ano pelo GLOBO, o Facebook já havia derrubado um aplicativo utilizado pelo movimento para disparar conteúdo automaticamente em centenas de páginas, mas essa foi a primeira vez que uma ação desse tamanho ocorreu no Brasil.
De com acordo com o Facebook a ação é parte de uma série de esforços da empresa para reprimir perfis enganosos antes das eleições de outubro. Como revelado pela Reuters, a rede de páginas era administrada por membros importantes do MBL, movimento que ganhou destaque por liderar protestos em 2016 a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff com um estilo agressivo de política online que ajudou a polarizar o debate no Brasil.
Entre os membros do MBL que tiveram páginas derrubadas estão Renato Battista, coordenador do movimento, Thomaz Barbosa, coordenador do MBL no Vale do Paraíba, e Renan Santos, um dos fundadores do grupo.
As páginas desativadas, algumas com meio milhão de seguidores, variavam de notícias sensacionalistas a temas políticos, com uma abordagem conservadora, com nomes como Jornalivre, Movimento Espartano, Canal Mais Vistas e O Diário Nacional. A página do movimento Brasil 200, idealizado pelo empresário e político Flavio Rocha, também foi derrubada.
O esquema era feito através de perfis verdadeiros, que por sua vez eram utilizados para criar uma série de usuários falsos. Esses usuários, então, criavam e administravam as páginas que foram derrubadas.
Procurado, o MBL não respondeu ao GLOBO. Em suas redes sociais, porém, o movimento disse em nota que considerou a ação "censura" e que irá "utilizar todos os recursos midiáticos, legais e políticos que a democracia nos oferece para recuperar as páginas derrubadas e reverter a perseguição sofrida, com consequências exemplares para a empresa".

O Globo

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