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Entenda as causas que levam à queda de aproveitamento do Sport no Brasileirão

Rogério tem atuado como ponta e falso 9, mas não consegue concluir chances de gol nas partidas

Equipe soma apenas um ponto nas últimas quatro partidas da competição

A queda de aproveitamento já vem desde antes da pausa na Série A para a Copa do Mundo. Dos últimos 12 pontos disputados, o Sport somou apenas um. O recorte é preocupante. Definitivamente, o momento é outro para os rubro-negros. E existem causas que, juntas, justificam a má fase do time em campo e que vão além das possibilidades de resolução do técnico Claudinei Oliveira. Mas, por outro lado, algumas podem começar a ser corrigidas para o duelo contra o Vitória, às 19h30 desta quinta-feira, no estádio Barradão. 

Um dos aspectos que ficou claro, principalmente nas duas últimas partidas, é a falta de peças de reposição. A diretoria do clube admite que o time precisa de um volante, um atacante de velocidade e mais um centroavante de maneira imediata. Esse novo “camisa 9”, por sinal, pode vir do exterior. 

“Claro que estamos buscando fora até onde der, até quando a janela estiver aberta. A janela se prolonga até o dia 15 de agosto e nós estamos procurando”, disse o vice-presidente de futebol Guilherme Beltrão, que, no entanto, sabe que o orçamento do clube está curto.

A falta de dinheiro, aliás, também provoca outros reflexos no extracampo. Apesar de os jogadores não demonstrarem falta de comprometimento nas partidas, há ainda uma folha salarial em aberto. O cenário de pendências já foi tratado publicamente como um incômodo por atletas e comissão técnica. 

Para sanar esse caso, o clube projeta pagar o mês pendente até o dia 2 de agosto e correr contra o tempo para quitar a folha seguinte que fecha no quinto dia útil do mesmo mês. Como esperança, o Sport espera receber cerca de R$ 7 milhões da negociação dos direitos de transmissão internacional da Série A na televisão além da renegociação do valor das placas de publicidade ao redor do campo.

Problemas em campo

Dentro do campo de jogo, o Sport ainda ressente a perda de Anselmo para Al-Wehda, da Arábia Saudita, ainda no mês. Desde então, o clube não conseguiu uma reposição para o setor. Perdeu, assim, o melhor desarmador da equipe além da peça responsável pela transição das jogadas em campo. 

Nas últimas partidas, o técnico Claudinei Oliveira chegou a apostar em Gabriel mais recuado para melhorar saída de bola do time. No entanto, não teve o efeito esperado na prática. Outras questões pendentes são a queda de produção de um tempo para outro além da pouca efetividade ofensiva com a bola nos pés. 

Diante deste cenário de contestação, o treinador do Sport procura sanar as falhas apresentadas. Em relação ao rendimento ruim na segunda etapa nas derrotas para Ceará e Fluminense, acredita que o elenco precisa se dosar melhor em campo e saber diminuir o ritmo no início das partidas. Além disso, sai em defesa qualidade do elenco.

“Não adianta pegar dois jogos e falar que é todo mundo ruim”, disse. “A gente não pode agora, após uma derrota, desqualificar o elenco. Esse elenco é capacitado para fazer uma boa campanha. A minha função é organizar a equipe. Não pode fazer terra arrasada e tirar moral do jogador. Tem que dar confiança, se não pega ladeira abaixo”, acrescentou.  

Diario de Pernambuco