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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

ELEIÇÕES 2018

Marina está em negociação para que PV assuma vice

Pré-candidata da Rede aguarda definição até sábado e aposta em Eduardo Jorge, que concorreu à Presidência em 2014.

A pré-candidata da RedeMarina Silva, afirmou, ontem, que aguarda uma resposta positiva do Partido Verde para fechar aliança nacional e tornar o ex-deputado Eduardo Jorge como seu vice na disputa presidencial. Médico sanitarista e candidato a presidente em 2014, Eduardo Jorge disse que aceita ser o vice na chapa de Marina se as direções da Rede e do seu partido se acertarem até sábado.
— Nós estamos aguardando a resposta do Partido Verde. Nós temos uma comissão eleitoral que está fazendo esse debate. O Eduardo Jorge teve um gesto (positivo) e ele é um nome que dentro do PV que estamos dialogando — afirmou a ex-senadora, em entrevista à GloboNews.

Coordenador político da Rede, Pedro Ivo disse que todas as fichas estão sendo apostadas na negociação com o PV, e que Marina chegará à convenção que homologará sua candidatura com o impasse do vice resolvido. Eduardo Jorge disse ao GLOBO que aceitaria a vaga como uma nova missão para ajudar o Brasil.
— Eu fui candidato a presidente em 2014 em uma missão para ajudar o PV. Nós precisávamos ter um candidato, e gente mais preparada que eu não quis. Então, eu fui, em missão. Fiz o meu papel. Desde os 16, 17 anos eu venho enfrentando missões porque eu gosto do Brasil, não é por mim não. Se eu for vice de Marina será um nova missão — afirmou.
À GloboNews, Marina ainda comentou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem manteve relação muito próxima durante sua trajetória política. Marina disse que “ninguém fica feliz com a prisão” do petista, mas lembrou que a não se pode ter dois pesos e duas medidas para quem cometeu crimes e foi condenado.
— Eu acho que nenhum brasileiro fica feliz com um ex-presidente com a trajetória que ele teve e estar onde está. Mas a lei é para todos e não se pode ter dois pesos e duas medidas. É triste o que está acontecendo? É. Mas é a lei e tem que ser cumprida — afirmou a presidenciável da Rede.
Hoje, de acordo com as últimas pesquisas, Marina é uma das candidatas mais favorecidas nos cenários sem a presença de Lula, condenado em segunda instância no caso do tríplex e, portanto, enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Na entrevista, a pré-candidata da Rede negou que apoie a volta da CPMF e confirmou que pretende rever trechos da reforma trabalhista.
— Não vou revogar, mas vou mudar os pontos draconianos. Uma mulher não tem que trabalhar em áreas de risco para ela e seu bebê. Isso eu vou mudar. Não é possível permitir que se determine apenas meia hora de almoço, ainda mais quando se sabe que a maioria dos acidentes de trabalho ocorre após esse período. Isso é draconiano. Sempre defendi a liberdade e a autonomia sindical, mas precisa definir algum mecanismo para que os sindicatos não fiquem tão precários — argumentou.
Sobre a reforma da Previdência, a candidata não quis responder sobre suas propostas de idade mínima para homens de mulheres em uma nova legislação sobre o tema. Reconheceu apenas que a lei atual precisa de modificação.
Mais cedo, a campanha de Marina usou uma conta da pré-candidata em rede social para criticar o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Fazendo referência a declarações do ex-capitão ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, Marina ironizou em seu Twitter: “Alguém que pergunta no ‘Posto Ipiranga’ questões como saúde e educação não merece o pit stop do voto de ninguém”.
Bolsonaro se referiu ao posto ao mencionar sua relação com o economista Paulo Guedes, responsável pelas propostas econômicas do candidato do PSL. Como admite não entender de economia, Bolsonaro pede que qualquer pergunta específica sobre o tema seja direcionada ao seu orientador econômico. A primeira vez em que o pré-candidato usou a expressão, que vem repetindo, foi em entrevista ao GLOBO, na semana retrasada.
À GloboNews, questionada sobre as ideias apresentadas por Bolsonaro, Marina fez fortes críticas ao adversário.
— São ideias retrogradas em relação à democracia, aos direitos humanos, à segurança pública e à gestão pública. São ideias avessas a tudo que já avançamos nesse país — atacou a ex-senadora.
Marina elencou as razões pelas quais, em sua avaliação, ele tem bom desempenho nas pesquisas realizadas até agora:
— As pessoas estão indignadas e decepcionadas (por isso ele lidera). As pessoas se decepcionaram com a centro-esquerda e com a centro-direita e o primeiro grito é de indignação. Espero que isso mude com o debate de ideias e propostas.

O Globo - Por Jeferson Ribeiro e Maria Lima

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