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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

ELEIÇÕES 2018

Bolsonaro diz que policial que mata tem que ser condecorado

                                         Bolsonaro em entrevista ao Jornal Nacional                                              Foto: Reprodução/TV Globo


"Se matar 10, 15 ou 20 ele tem que ser condecorado e não processado", disse o candidato durante entrevista no Jornal Nacional nesta terça (28)

candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) propôs novamente imunidade para policiais durante entrevista no Jornal Nacional nesta terça (28).
"Se matar 10, 15 ou 20 ele tem que ser condecorado e não processado", disse o candidato.

Mentor econômico do presidenciável, o economista Paulo Guedes foi um dos temas da entrevista. Os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos questionaram se o presidenciável não estaria atribuindo poderes demais a Guedes - cotado para ministro da Fazenda em um eventual governo.

"É quase como um casamento. Estou namorando o Paulo Guedes há algum tempo e ele a mim também. Somos separados. Até o momento da separação não pensamos numa mulher reserva para isso. Se isso vier acontecer - por vontade dele ou minha -, paciência. O que eu tenho de Paulo Guedes até o momento é fidelidade e compromisso enormes para com o futuro do Brasil. Acredito nas propostas que ele vai implementar. Se não implementar todas é porque temos um filtro chamado Câmara e Senado", respondeu o capitão reformado.

presidenciável disse ainda que se diferencia dos outros políticos por nunca ter ocupado nenhum cargo no governo. "Nunca recebi dinheiro de empresa nenhuma para campanha. Sempre fiz minha campanha usando o que consegui ao longo do mandato. Eu tenho reconhecimento popular para isso", afirmou.

Questionado sobre receber auxílio-moradia enquanto possuía imóvel em Brasília, o candidato disse que vive em um "cubículo" em Brasília. "Eu fui para um apartamento novo agora porque precisava. Tinha 70 metros quadrados, tinha despesas também", afirmou.

Salários
O candidato disse ainda que cabe à Justiça resolver a diferença salarial entre homens e mulheres. O presidenciável vem tentando se desfazer da imagem de misógino e se mostrou irritado ao ser questionado sobre o tema.

Bolsonaro repetiu que a equiparação salarial é garantida pela CLT, mesmo quando foi indagado sobre pesquisa do IBGE que aponta que as mulheres recebem, em média, 25% menos que os homens.

O presidenciável interrompeu por diversas vezes a jornalista Renata Vasconcellos e afirmou que ela recebe menos do que William Bonner, ao lado de quem ela apresenta o telejornal. "Estou vendo uma senhora e um senhor aqui e com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior para ele do que para a senhora", disse.

"O meu salário não diz respeito a ninguém, mas posso garantir ao senhor como mulher que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu", respondeu Renata.

Questionado novamente se fará alguma ação para reduzir a desigualdade, o candidato se esquivou. "Por que o Ministério Público do Trabalho não age? Eu não tenho ingerência sobre isso. É só as mulheres denunciarem", respondeu.

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