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domingo, 16 de setembro de 2018

SANTA CRUZ - A FORÇA DA TORCIDA

No Santa Cruz, uma ação se repete: outro patrimônio do clube é erguido pelo seu torcedor

Desde a construção do estádio do Arruda ao CT Ninho das Cobras, a torcida teve papel fundamental


A história que está sendo escrita com a construção do Centro de Treinamento Ninho das Cobras se assemelha também à construção do estádio do Arruda


Em processo semelhante ao que tornou possível a construção do Estádio José do Rêgo Maciel, entre as décadas de 1960 e 1970, mais uma vez a torcida coral se une em uma demonstração de força para viabilizar a obra que entregará aos tricolores o Centro de Treinamento Presidente Rodolfo Aguiar - Ninho das Cobras. O que será um grande avanço para um clube que almeja crescer de patamar no futebol brasileiro e fazer jus à toda sua tradição.

O ano era 1965. O sonho de um estádio de dimensões colossais estava no papel. Para isso, o clube - que canta em verso e prosa ser o time do povo - precisava da sua massa de apoiadores. A partir disso, a torcida que se viu convocada, atendeu ao chamado. Foram milhares de abnegados que iam deixar tijolos, cimento, areia, ferro. Os que não podiam contribuir com material, faziam questão de contribuir com trabalho. Os que não podiam contribuir com o trabalho braçal, iam lá acompanhar a obra e deixar sua paixão como combustível aos que assentavam, tijolos, vigas e faziam as arquibancadas. Valia tudo para ver o amor ao clube materializado em um estádio de futebol. Sete anos após o início da obra, em 1972, o reduto coral ficou pronto.
Em 2011, com recursos provenientes da venda do atacante Gilberto, a diretoria comprou um terreno de 10,5 hectares no bairro da Guabiraba para a construção do sonhado - e necessário - CT coral. Atualmente, a obra orçada está em R$ 10 milhões de reais e sem previsão de entrega completa do empreendimento. Contudo, torcedores têm se comprometido com o papel de financiadores do Ninho das Cobras e vivem a expectativa de completar a construção e fazer a entrega do primeiro campo de treinamento em novembro de 2018.
Faltando a compra e plantio do gramado, a previsão do Tricolor é entregar campo em novembro


“Graças à articulação dos torcedores corais, conseguimos construir este primeiro campo sem nenhum investimento vindo diretamente dos cofres do clube. A captação de recursos foi feita através de doações de torcedores, grupos que se articularam e até mesmo uma das organizadas (Inferno Coral) que nos doou um montante adquirido em uma cota de sua diretoria. E já temos parte do material para o início da construção do segundo campo, além do seu equipamento de drenagem já comprados”, pontua João Caixero, diretor da Comissão Patrimonial do Santa Cruz.
A festa de inauguração do campo 1 que será denominado Campo de Treinamento Arquiteto Reginaldo Esteves - homenagem ao profissional que projetou de forma voluntária o estádio do Arruda - já está sendo organizada pela diretoria coral. “Estamos nos articulando para a realização de um jogo festivo entre alguns sócios que contribuíram para a construção do campo e jogadores icônicos do passado do clube. Já fizemos o convite a Rivaldo, Ricardo Rocha e Givanildo Oliveira para participarem da festa”, afirmou o dirigente coral.

Retorno Social

Com a liberação do primeiro campo do CT haverá um espaço de treinamento tanto para o time profissional quanto para as divisões de base do tricolor do Arruda. Com isso, a diretoria do Santa planeja lançar um projeto social para jovens de 13 a 15 anos da comunidade Bola na Rede, que fica circunda o empreendimento coral.
“É um desejo nosso (diretoria do clube) dar um retorno à sociedade após o término da obra. Sabemos que as periferias, atualmente, se encontram permeadas pela droga e pelo tráfico, então planejamos um projeto para jovens entre 13 e 15 anos da comunidade vizinha ao nosso CT, para que possamos tirá-los do alcance das drogas e descobrir novos talentos para o clube”, coloca Caixero.


Diario de Pernambuco

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