Com mudanças de diretoria e pedidos de demissão de técnicos, Sport vive ano de crise
Arnaldo Barros tem ano no Sport com duas mudanças de diretoria e três de técnico
Presidente Arnaldo Barros chega para últimos meses de mandato pressionado
A nova gestão do futebol tem o primeiro dia oficial de trabalho hoje na reapresentação do elenco. De cara, precisará resolver questões importantes. Atrasos salariais de dois meses, a definição do novo treinador - que deve ser Milton Mendes - e os casos especiais de Michel e Fellipe Bastos, que não estavam sendo relacionados e devem voltar a jogar. Esses são os primeiros passos para tentar mudar os rumos de um time que só tem mais 12 jogos pela frente no Campeonato Brasileiro. Para fugir da queda, precisa vencer sete.
A mudança repentina e forçada no futebol do Sport começou nas primeiras horas do dia da última segunda-feira. Foi quando Eduardo Baptista ligou para Guilherme Beltrão. O treinador estava decidido a entregar o cargo diante do ambiente interno delicado. E assim o fez. Ele foi o terceiro treinador do clube no ano e o terceiro a pedir demissão. A conta começou com o pai Nelsinho Batista e passou por Claudinei Oliveira.
Na diretoria, o ano também foi de mudanças. A primeira delas aconteceu no dia 16 de fevereiro. Na ocasião, o presidente Arnaldo Barros mergulhou na primeira grande crise. O mandatário deixou de acumular o cargo de vice-presidente de futebol e também saíram da função de diretor Rodrigo Barros, filho dele, Augusto Carreras e Aluisio Maluf, que agora retorna. O executivo Alexandre Faria, posteriormente, foi demitido.
No dia anterior, o Sport havia sido eliminado da Copa do Brasil para o Ferroviário-CE, em plena Ilha do Retiro. A equipe chegou a vencer o jogo por 3 a 0, sofreu o empate e foi derrotado nos pênaltis. Ali, estava materializada a marca da equipe no ano com uma condição técnica limitada e ambiente de grande pressão, que só se viu em uma paz momentânea quando o time entrou na pausa do Brasileiro para a Copa do Mundo.
Silêncio do presidente
Durante todo esse ambiente de pressão, o presidente Arnaldo Barros se manteve recluso na maior parte deles. A última vez em que tratou abertamente de questões administrativas foi no dia 25 de abril. Na ocasião, convocou uma coletiva de imprensa para dar sua versão sobre o balanço financeiro do Sport. Desde então, ele participou do lançamento dos novos uniformes do clube, mas abordou as questões apenas direcionadas à nova fornecedora. Às 10h desta terça-feira, estará presente novamente em uma coletiva de imprensa para apresentar a nova diretoria e poderá falar sobre o cenário de crise.
Diario de Pernambuco
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