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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

NÃO AOS CORRUPTOS

JAIR BOLSONARO AFIRMA QUE NÃO NOMEARÁ "CONDENADOS POR CORRUPÇÕA"
Bolsonaro confirmou, hoje, por meio das redes sociais, o nome do astronauta brasileiro Marcos Pontes como ministro de Ciência e Tecnologia


Presidente eleito afirma que não terá condenados por corrupção em ministérios

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira (31), por meio de suas contas do Twitter e Facebook, que não vai nomear “condenados por corrupção” nem tolerar “especulação maldosa e sem credibilidade” sobre os nomes que vão compor sua equipe.
Bolsonaro também disse que vai utilizar as redes sociais para divulgar os nomes de seus escolhidos. “Nossos 

ministérios não serão compostos por condenados por corrupção, como foram nos últimos governos. Anunciarei os nomes oficialmente em minhas redes. Qualquer informação além é mera especulação maldosa e sem credibilidade“.
Até o momento, já foram confirmados quatro nomes para a equipe ministerial do futuro governo, o deputado federal Onix Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil, Paulo Guedes para o Superministério da Economia, o general da reserva Augusto Heleno para a Defesa.
Bolsonaro confirmou, hoje, por meio das redes sociais, o nome do astronauta brasileiro e major da reserva Marcos Pontes como ministro de Ciência e Tecnologia.
Desde segunda (29), Pontes havia dito que seria ministro de Bolsonaro, e por meio de vídeo brincou “só falta o anúncio oficial”, conforme anunciou o Diário do Poder.
O presidente eleito já afirmou nesta segunda (29) que vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para compor sua equipe. “Pretendo convidá-lo para o Ministério da Justiça, ou seria no futuro, abrindo uma vaga no Supremo Tribunal Federal, na qual melhor ele achasse que poderia trabalhar para o Brasil”.
Moro na equipe ministerial
Sérgio Moro já afirmou que o convite lhe deixou lisonjeado “Sobre a menção pública pelo Sr. Presidente eleito ao meu nome para compor o Supremo Tribunal Federal quando houver vaga ou para ser indicado para Ministro da Justiça em sua gestão, apenas tenho a dizer publicamente que fico honrado com a lembrança. Caso efetivado oportunamente o convite, será objeto de ponderada discussão e reflexão”.
Nesta quinta-feira (1) o juiz federal vai ao Rio de Janeiro para se encontrar com Bolsonaro e conversar sobre o convite. 

(Com informações Folhapress).

VOTAÇÃO ADIADA

Oposição adia votação de projeto que trata manifestações de rua como terrorismo

Quatro dias depois da eleição, os aliados do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no Senado tentaram aprovar um projeto de lei que permite enquadrar ações de movimentos sociais como atos de terrorismo. Para o líder da Oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), que articulou o adiamento da votação da matéria, na manhã de hoje, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente eleito e seus asseclas tentam criminalizar as livres e legítimas manifestações país afora.
“Nossa preocupação é de que qualquer subjetividade no tratamento de um tema como esse pode permitir a criminalização das lutas sociais, dos movimentos sociais e a restrição à liberdade de expressão e de organização. Não podemos permitir que isso aconteça. Seria uma afronta à Constituição”, afirmou. 
Com o intuito de evitar a aprovação da matéria nesta quarta e ampliar o debate para que a sociedade fique atenta à questão, a oposição apresentou um requerimento na CCJ para realizar uma audiência pública sobre o projeto que amplia a lista de condutas consideradas atos de terrorismo. O documento foi aprovado por 9 votos a 4, com uma abstenção.
De acordo com Humberto, as sociedades democráticas têm de saber conviver com protestos e o que exceder às chamadas “liberdades expressivas”, e eventualmente configurar crime. deve ser tratado no âmbito do direito penal. “A definição prevista no Código Penal é muito mais precisa e menos subjetiva”, ressaltou. 
O parlamentar lembrou que Bolsonaro fez um discurso para os eleitores dele, no último dia 21, prometendo “uma faxina muito mais ampla e que esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria" e "se quiserem ficar aqui, vão ter que se colocar sob a lei de todos nós, ou vão para fora ou vão para a cadeia".
Para o líder da Oposição, esse discurso de ódio e de intolerância jamais deveria permear as ações de um presidente da República e haverá forte resistência no Congresso Nacional para evitar o atropelo das garantias individuais e da Constituição Federal. 
“Essa foi a primeira derrota do governante eleito no último domingo. É um recado claro de que não aceitaremos o extremismo. Pode ser normal para ele, mas não é normal para as normas democráticas”, declarou o senador.
Humberto também alertou para outra pauta defendida por Bolsonaro e seus aliados que deverá ser votada ainda hoje numa comissão especial da Câmara. O texto trata da “Escola sem Partido”, uma das principais bandeiras do capitão reformado na campanha eleitoral. Se for aprovado, poderá seguir direto ao Senado.
“Estamos diante de uma pauta conservadora e muito retrógrada já na primeira semana pós-eleição. Iremos batalhar para arquivar aqui tudo que consideramos um retrocesso ao país”, observou.

TRAIÇÃO DE LULA

Ciro se diz traído por Lula


Ciro Gomes diz ter sido “miseravelmente traído” por Lula e reafirma que não deu apoio a Fernando Haddad no segundo turno porque não quer mais fazer campanha com o PT. Em entrevista à Folha, a primeira desde a eleição de Jair Bolsonaro, o ex-candidato do PDT confirma informação de bastidores da campanha: foi convidado a ser vice de Lula quando o PT ainda encenava a candidatura do ex-presidente preso.

“O lulopetismo virou um caudilhismo corrupto e corruptor que criou uma força antagônica que é a maior força política no Brasil hoje. E o Bolsonaro estava no lugar certo, na hora certa. Só o petismo fanático vai chamar os 60% do povo brasileiro de fascista. Eu não, de forma nenhuma”, declarou, num entrevista toda ela dedicada a bater no PT – mais que em Jair Bolsonaro.

O SUPERMINISTRO

Grandes poderes e brigas de Guedes

Superministro terá força e alcance inéditos no governo da economia do Brasil

Jair Bolsonaro concedeu a Paulo Guedes poderes que nenhum ministro da Economia teve, com a exceção talvez de Delfim Netto, na primeira metade dos anos 1970, auge econômico e político da ditadura militar.
Uma grande diferença é que Delfim muito contribuiu para criar estruturas e modos de governo da economia que duraram até os anos 1990, dos quais sobrevivem restos arqueológicos. Guedes, por sua vez, pretende abalar as estruturas e encolher o Estado de modo inédito no Brasil.
Já é chamado de "czar" da economia, assim como o foi Delfim. Com grandes responsabilidades, virão grandes conflitos com:
1) defensores da Previdência tal como a conhecemos; 2) a indústria (já em revolta com o czar) e empresas do comércio exterior; 3) políticas industriais e proteções em geral; 4) servidores; 5) estatais.
Guedes foi indicado para chefiar o superministério da Economia, que incluiria as atuais pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior. Os nomes burocráticos não impressionam?
Entre outras atribuições, a Fazenda define os gastos possíveis do Orçamento (diz se há dinheiro para liberar), administra os empréstimos do governo falido e a dívida pública, além da Receita Federal. Desde Michel Temer, ficou também com a Previdência.
O Planejamento elabora o Orçamento, é o RH do governo (trata de carreiras, salários etc.), controla estatais e os "bens do governo" (imóveis etc.). Tem sob seu guarda-chuva IBGE, BNDES e Ipea.
O Ministério da Indústria e Comércio Exterior (Mdic) é central para o interesse das empresas, muitas delas bem articuladas no Congresso.
Grosso modo, o Mdic decide quais empresas podem receber vários benefícios, além de dinheiro público, em programas com o objetivo de criar, desenvolver ou manter certos tipos de indústrias ou setores tecnológicos, de interesse em tese estratégico para o desenvolvimento do país. Empresas que, sem benefícios, em tese aqui não floresceriam, como as do setor automobilístico e de eletrônicos.
Além disso e muito mais, no Mdic se definem impostos de importação e exportação e seus regimes especiais, por meio da Camex, hoje controlada por oito ministérios (três agora sob Guedes. A Camex ficará intocada?).
Guedes não vai se tornar monarca absoluto de tais ministérios, claro, que têm políticas e tarefas institucionais definidas em lei. Mas o superministro ficou com o poder de formular planos e modificações em quase tudo de relevante na política econômica: Orçamento, gasto, dívida, impostos, poupança, comércio exterior e regimes especiais.
Como ficará o Conselho Monetário Nacional, ora composto por Fazenda, Planejamento e Banco Central, que decide normas que afetam juros, crédito e o sistema financeiro? Guedes será maioria, 2 a 1?
De crucial para política econômica, sobra apenas o BC, para o qual Guedes propõe autonomia ou independência legal, não se sabe bem.
Dado o ruído da conversa no governo de transição, é possível até especular que a política cambial, hoje nas mãos do Banco Central, também fique sob influência ou controle do superministro.
Note-se que Guedes tem tratado frequentemente do que fazer com os US$ 380 bilhões de reservas internacionais ou de como agir em crises cambiais (desvalorizações grandes do real, "alta forte do dólar").
Enfim, fica a dúvida: como um comando só vai ser capaz de dar conta de tantas políticas? Quem serão os duques desse império?

Vinicius Torres Freire

JUIZ SERGIO MORO

PT quer qual o lado de Sergio Moro


A defesa de Lula deve usar o convite feito por Bolsonaro a Sergio Moro para o governo —e a resposta do juiz de que se sentiu “honrado”— para reforçar em órgãos internacionais a tese de parcialidade do juiz contra o petista.
E na próxima semana Moro ouve mais um punhado de testemunhas contra Lula no caso do sítio de Atibaia. No dia 7, Emílio Odebrecht presta depoimento. No dia 9, Léo Pinheiro, da OAS. No dia 14, será a vez do ex-presidente.
Guilherme Boulos e lideranças de organizações como MST e UNE, se reuniram com advogados e parlamentares em SP na segunda (29).
Os defensores vão formar um grupo para defender os movimentos em ações que, imaginam, vão se multiplicar sob Bolsonaro.
O esquema de segurança em torno de Boulos surpreendeu alguns advogados.

Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo

ESTILO BOLSONARO

Bolsonaro e as verbais oficiais


Bolsonaro venceu as eleições num clima tenso, em que sofreu até um atentado que por pouco não o mata. Ainda está com retórica eleitoral, diz que vai cortar as verbas oficiais de órgãos de imprensa que mentirem – em vez de processá-los na forma da lei. Mas tem seus guardas de esquina, que adoram radicalismo: agora, querem boicotar 700 pessoas, entre as quais numerosos artistas, pelo crime de terem se manifestado pelo PT.
Cada cidadão é livre para assistir ou não aos espetáculos artísticos. Se resolver desistir de algumas obras-primas de Chico Buarque por seu apoio a Cuba, que desista – nada contra. Mas mover uma campanha para boicotar quem optou por outro candidato não é liberdade: é crime, dá processo, mesmo que a veiculação seja apenas pelo WhatsApp. E é coisa velha que já provou seu desvalor: nos Estados Unidos, ocorreu no início da década de 1950, e se chamou macarthismo – lembrando o nome do senador Joseph McCarthy, que comandou a campanha. Hoje, sabe-se: foi coisa de idiota. O macarthismo não partiu de Bolsonaro. Mas ele é que precisa dizer a seus adeptos sinceros, porém radicais, que assim não dá para liderar o país.

Carlos Brickmann

MINISTROS DO FUTURO GOVERNO

Guedes desautoriza Onyx Lorenzoni


:é um político falando de economia

O economista Paulo Guedes, principal assessor econômico do presidente eleito Jair Bolsonaro, desautorizou o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), principal articulador político da campanha e indicado para chefiar a Casa Civil do futuro governo, sobre assuntos da área econômica. Recentemente, Lorenzoni fez comentários sobre política cambial e reforma da Previdência.
Guedes, Lorenzoni e Gustavo Bebianno, ex-presidente do PSL e um dos coordenadores da campanha eleitoral, estão se reúnem com Bolsonaro na casa do empresário Paulo Marinho, na zona sul do Rio.
"Houve gente do próprio futuro governo falando que não tem pressa de fazer reforma da Previdência. Ele jornalista que fez a pergunta está dizendo que o Onyx, que é coordenador político, falou de banda cambial. Ao mesmo tempo, está dizendo que o Onyx falou que não tem pressa na Previdência. Aí o mercado cai. Estão assustados por quê? É um político falando de economia. É a mesma coisa do que eu sair falando de política. Não dá certo, né?", afirmou Guedes.

Jornal do Brasil

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

O centrão e a reforma de Previdência de Bolsonaro


Líderes de partidos do centrão contrários à reforma da Previdência têm dito que, se quiser mesmo aprovar mudanças este ano, Bolsonaro deve subir à tribuna e defender as novas regras
“Ele quer terceirizar o desgaste. Como presidente eleito, tem que ser o comandante da reforma da Previdência na Câmara”, diz Paulinho da Força (SD-SP).
Medidas anunciadas pela equipe de Bolsonaro dividiram opiniões. Integrantes da área do comércio dizem que a fusão do Ministério da Indústria com o da Fazenda vai ajudar o setor a ter um tratamento mais plural. Industriais torceram o nariz.
Ex-ministros da Fazenda dizem que Paulo Guedes centralizou tantos poderes que não poderá partilhar nem seus acertos nem seus erros. 

 (FSP)

AÇÃO CONTRA O ASSÉDIO

Assédio moral a professores em Pernambuco gera ação conjunta do MP

Ministério Público Federal (MPF)Foto: Wikimedia Commons


Os órgãos enviaram recomendação à Secretaria de Educação e a instituições de ensino no estado para que não permitam assédio moral a professores por parte de estudantes, familiares ou responsáveis

A notícia da existência de uma página no Facebook intitulada "Movimento Pelas Crianças" -que estimula estudantes recifenses a filmarem supostos casos de "doutrinação" por professores do estado-provocou a atuação conjunta do Ministério Público Federal e do MP estadual em Pernambuco.
Os dois órgãos enviaram recomendação à Secretaria de Educação e a instituições de ensino no estado para que não permitam assédio moral a professores por parte de estudantes, familiares ou responsáveis.
O documento conjunto foi assinado pela procuradora da República Carolina de Gusmão Furtado, que atua como procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, e pela promotora de Justiça Eleonora Marise Silva Rodrigues.
A página no Facebook conclamava os "estudantes a realizarem filmagens em salas de aula, afirmando-se que, com a eleição de Jair Bolsonaro (para a Presidência da República), seria possível que professores doutrinadores façam de suas salas de aula verdadeiros palanques".
Análise realizada pelo Setor de Informática da Procuradoria da República em Pernambuco confirmou a autenticidade da referida página do Facebook.
MPE lembra que "a Lei Estadual nº 15.507, de 21 de maio de 2015, dispõe sobre a proibição do uso de telefone celular nas escolas -públicas e privadas- no Estado de Pernambuco.
"A conduta de assédio organizacional configura-se não apenas pela postura ativa de instituições em promover a prática de assédio, mas também por sua omissão no combate efetivo a tais práticas", afirma a manifestação do órgão estadual.
Segundo o MPF em Pernambuco, "um ensino e uma aprendizagem efetivamente plurais -objetivos fundamentais de sistema educacional brasileiro- somente podem se desenvolver em um ambiente em que as bases curriculares sejam abordadas em um ambiente de liberdade de ideias e de respeito à imensa diversidade que caracteriza o país.
"A Administração Pública, aí incluídas as instituições de ensino, tem o dever de adotar medidas protetivas e preventivas em face de condutas de assédio moral", afirma o documento do MPF.
"A conduta noticiada nos feitos em referência, além de poder ensejar censura prévia e possível assédio moral em relação a professores das instituições públicas e privadas de ensino, não apenas da educação básica e do ensino médio, mas também do ensino superior, constitui afronta à liberdade e à pluralidade de ensino", afirma a nota do MPE.
Ministério Público Federal já expediu recomendações semelhantes nos estados de Santa Catarina e Goiás.

Por: Frederico Vasconcelos (Folhapress)

NA ONDA DE BOLSONARO

Políticos da Alepe e Câmara de Vereadores surfam na onda Bolsonaro


Na Alepe e na Câmara do Recife, parlamentares já dão sinais de que vão pegar carona na popularidade do presidente eleito

Poucos dias depois do resultado das eleições presidenciais consolidarem Jair Bolsonaro como novo chefe do Executivo, parlamentares já mudam o tom e se esforçam para também surfar na onda de popularidade do novo presidente eleito. No início desta semana, tanto a Câmara do Recife, quanto a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), tiveram discursos de apoio e críticas ao capitão da reserva.

De acordo com o vereador Marco Aurélio (PRTB) - que também foi recém eleito deputado estadual - em Pernambuco, durante a campanha para primeiro turno, Bolsonaro não teve apoios significativos de prefeitos, vereadores e nem deputados ao longo do primeiro turno. Apesar disso, Aurélio avalia que as bases do capitão da reserva no Estado ainda devem crescer consideravelmente “a partir de fevereiro do ano que vem”, quando novos parlamentares tomam posse. “Os meus santinhos, todos eles, têm o números 17 lá. Acho até que minha votação no Recife, que foi extraordinária, foi muito ampla, foi muito por causa disso. Esses que tão chegando agora e tão fazendo esses pronunciamentos todos cada um tem a sua consciência”, criticou Aurélio.

Daqui a dois anos, novas eleições, desta vez municipais, já devem refletir as alianças e articulações firmadas nesse período pós eleitoral. No início desta semana, o assunto chegou a ser amplamente discutido durante sessão plenária na Câmara do Recife. Tendo acontecido diversos discursos de felicitações e críticas à última eleição, mostrando que as eleições no plano nacional conseguiram influenciar fortemente o cenário das cidades. 

Na Câmara do Recife, Renato Antunes (PSC) foi um dos vereadores que subiu à tribuna para pregar o diálogo. “Política boa é a política boa para todos. É hora de tirar a camisa do partido “A” ou “B” e vestir a camisa do Brasil". 

No legislativo municipal, Bolsonaro deverá ter o apoio de grande parte da bancada evangélica, como Fred Ferreira (PSC). Além deRogério de Lucca (PSL), Hélio Guabiraba (PRTB), que faz parte da mesma legenda que o general Mourão, também deve seguir as determinações do seu partido. 

A vereadora mais votada do Recife, Michele Collins, também foi uma das que subiu à tribuna. “Ele recebeu um grande livramento de Deus. A nossa esperança deve estar firmada em Deus. É ele quem vai mudar o nosso país. A Bíblia diz que toda autoridade é constituída por Deus. Se ele (Bolsonaro) vai ocupar esta cadeira, é a vontade de Deus”. 

Alepe


Na Assembleia Legislativa, apesar de Marco Aurélio ter sido um dos poucos a usar o nome de Bolsonaro durante a campanha, deputados já se empenham para associar seus mandatos ao do pesselista. “Pernambuco não correspondeu como poderia, mas eu não tenho dúvida de que o Estado não sofrerá retaliação. Bolsonaro governará para todos”, disse o deputado Joel da Harpa (PP). O parlamentar também comentou o discurso público feito por Bolsonaro após a confirmação do resultado das urnas. “Ele foi o primeiro presidente a ter coragem, logo após a vitória, de agradecer a Deus em rede nacional”, exaltou o progressista.

ATIRADORES DE ELITE

General Heleno defende uso de atiradores de elite contra criminosos

General Augusto Heleno foi anunciado como ministro da Defesa pelo presidente eleito Jair BolsonaroFoto: Arquivo/Agência Brasil


Futuro ministro diz que proposta é "parecida" com regra usada no Haiti

O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PSL), apoiou nesta quarta-feira (31) a polêmica proposta do governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), de usar atiradores de elite para conter criminosos que portem armamentos de uso restrito. O general da reserva disse que já fez uso da mesma "regra de engajamento", no linguajar militar, enquanto atuava no Haiti e que não se trata de uma autorização para matar de forma indiscriminada. As declarações foram feitas nesta quarta-feira (31) em entrevista exclusiva à Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Minha regra de engajamento no Haiti era muito parecida com essa que o futuro governador colocou. É óbvio que muita gente faz uma distorção nisso e acaba dizendo que é uma autorização para matar. É uma reação necessária à exibição ostensiva que tem sido feita no Rio de Janeiro de armas de guerra nas mãos, muitas vezes, de jovens”, disse.

O militar lembrou que esses fuzis, normalmente, são empregados em ações que resultam em mortes de inocentes e de policiais envolvidos em confrontos e defendeu a retomada do respeito pelas forças legais. “Nós não vamos readquirir esse respeito com as regras de engajamento benevolentes que temos hoje”, destacou.


“Não é uma autorização para matar indiscriminadamente. Precisa ter um critério muito bem consolidado. Precisa haver um treinamento bem feito das tropas para que isso seja respeitado. Tivemos essa regra no Haiti durante mais de dez anos e não há casos de execuções indiscriminadas. É uma questão de treinamento e, de pouco a pouco, se readquirir o respeito.”

Endurecimento das regras
“Não podemos, em prol de eliminar gente que não pode viver num Estado civilizado, que a gente cause efeitos colaterais e acabe matando inocentes. Tem que ser uma regra de engajamento muito bem consolidada junto àqueles que vão fazer uso dela", insistiu Augusto Heleno.

"Acho que a situação que estamos vivendo nos leva a pensar num endurecimento dessas regras. Isso tem que ser muito bem aplicado para não parecer que é isso que estão colocando: uma autorização para matar. Isso não é o que se pretende com esse endurecimento. É exatamente dissuadir que isso continue a acontecer”, destacou.

futuro ministro da Defesa classificou a polícia do Rio de Janeiro como "talvez uma das mais valentes no mundo". "Quem já subiu o morro tomando tiro, quem já enfrentou uma comunidade tomando tiro que você não sabe de onde vem, sabe o que é isso. As polícias no Rio de Janeiro são muito corajosas, mas precisam ter na sua retaguarda um outro tipo de apoio – principalmente esse apoio logístico que foi implantado pela intervenção e que pode servir de modelo para o resto do país.”

Sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro, o futuro ministro da Defesa avaliou que o general Braga Neto nomeou comandantes que classificou como “exemplares” e que ele segue norteando sua gestão na capital fluminense por uma nova mentalidade de logística, administração de bens, administração de pessoal e gestão de recursos humanos dentro das polícias.

“Isso tem mostrado um resultado sensacional na intervenção, pelo pouco prazo em que ela está acontecendo. Não dá para resolver o problema do Rio de Janeiro, que foi pouco a pouco se agravando até por isso. Aqueles que eram responsáveis por se apresentar como os faróis, como a referência para a força policial estavam, em boa parte, na cadeia. É óbvio que isso tem reflexos inevitáveis no desempenho da tropa.”

"Despolitização" das polícias
general Heleno considera que não se deve estimular o emprego das Forças Armadas em situações de intervenção federal, como a que se instalou no Rio de Janeiro desde fevereiro deste ano nem que se banalizem as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). "As Forças Armadas extrapolam em muito as suas missões constitucionais”, avaliou.

“Eu não acho que as Forças Armadas devam incentivar esse emprego [participação na garantia da lei e da ordem]. E não incentivam realmente. Elas são chamadas quando o governador do estado declara ao Ministério da Justiça que está numa situação difícil porque sua polícia esgotou as possibilidades de emprego ou entrou em greve, que é uma coisa inconstitucional, mas acontece.”

Para o militar, esse tipo de situação pode ser solucionada por meio do que chamou de “despolitização” das polícias, sejam elas militar, civil e mesmo a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. De acordo com o general da reserva, não há espaço para politização em instituições que são de Estado e que, segundo ele, devem ser regidas por uma gestão baseada na meritocracia.

“Uma coisa que pode mudar muito esse panorama é o exemplo. Os comandantes necessariamente têm que dar o exemplo. Não podemos assistir casos de corrupção na cúpula de algumas polícias. Isso se alastra com muita facilidade. Essa é uma correção de rumos indispensável. Essas polícias precisam ter um outro tipo de gestão.”

Mesmo barco


O general da reserva disse ainda que é preciso esquecer o que chamou de “confrontos de campanha” e trabalhar pela reconstrução do país. O militar se referiu ao momento como uma oportunidade para exortar brasileiros a um novo período “de tolerância, de conciliação e de busca do bem comum”.

“Temos muito o que fazer. Temos que esquecer esses confrontos de campanha. Tudo isso tem que ser deixado de lado agora. Vamos trabalhar pela reconstrução desse país, que é um país fantástico e que merece chegar muito mais longe do que chegou até hoje."

E concluiu: "Estamos juntos. É preciso entender isso. Nós estamos todos no mesmo barco e precisamos todos remar. Ninguém pode colocar o remo n'água e não remar. Vamos colocar o remo na água para remar."



Por: Agência Brasil