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domingo, 7 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018

Crônica de um país sem divisão


Depois de uma campanha feroz, o candidato republicano John McCain reconheceu a derrota diante de Barack Obama. Perguntaram-lhe como seria sua relação com o vitorioso, depois de tantas trocas de acusações. McCain explicou: “Até agora ele era meu adversário. Agora é meu presidente”.
Há quem tema que, depois de uma campanha especialmente agressiva, o Brasil do novo presidente seja uma casa dividida. Podem se tranquilizar: há Centrão em ambos os lados, os governadores, por mais oposicionistas, não vão romper com o Governo Federal, que é o dono das verbas. Há no Brasil certas coisas que são nossas – nossas coisas, cosas nostras. Nos tempos da ditadura, havia quem perguntasse quem dirigiria o país, no caso da vitória das guerrilhas. A melhor resposta que este jornalista ouviu: “Quem dirige, não sei. Mas o secretário-geral será o Marco Maciel”. Maciel, honesto, conservador, hábil, incansável, era especialista em acertar situações. Sem as outras virtudes de Maciel, nunca falta o pessoal do acochambramento.
O Brasil é uma Federação, mas não é: os dirigentes regionais não têm como sobreviver sem bom relacionamento com o Governo Federal. OK, nos últimos anos, houve exagero – digamos que até o cidadão comum tinha a impressão de que ocorria uma tremenda roubalheira.
Por isso o PT venera Lula na cadeia e os bolsonaristas chamam de “mito” seu ídolo. Lembrando Brecht, pobre do povo que precisa de heróis.

Carlos Brickmann

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