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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018

Paulo Guedes acusado


Defesa de Paulo Guedes diz que investigação busca confundir eleitor
Advogados do economista afirmam que relatório da Previc que levanta suspeitas sobre operações de empresas de Guedes é ‘manifestamente mentiroso’

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, a defesa do economista Paulo Guedes , considerado o guru econômico do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) classificou a investigação aberta contra ele como uma “afronta a democracia cujo principal objetivo é o de confundir o eleitor”, diz o texto assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso que representam o economista. Os defensores afirmam ainda que a abertura da investigação pelo Ministério Público Federal às vésperas da definição da eleição presidencial causa “perplexidade”.
procedimento investigatório criminal foi instaurado em 2 de outubro deste ano pela Procuradoria da República em Brasília, com base em um relatório da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) que aponta indícios de fraudes nos aportes feitos pelos fundos de pensão ligados a estatais em dois fundos de investimentos criados pela BR Educacional Gestora de Ativos, empresa de Paulo Guedes. Para os advogados, porém, o relatório é “manifestamente mentiroso”.
As suspeitas levantadas pela Previc envolvem operações realizadas no primeiro ano em que o FIP foi aberto, em 2009 e também em 2013. De acordo com o Previc, logo no primeiro ano todo o aporte recebido dos fundos de pensão ligados a estatais foi destinado a aquisição da empresa HSM Educacional que tinha Paulo Guedes como um dos membros de seu Conselho de Administração e amargou prejuízos nos anos seguintes. Além disso, logo após receber o aporte a HSM Educacional adquiriu da HSM Group, sediada na Argentina, a empresa HSM do Brasil, criada em 2009 e com sede em Barueri (SP).
O negócio teve ágio de R$ 16,5 milhões. A HSM do Brasil, contudo, não tinha ações em bolsa e o valor de suas cotas que foram vendidas foi calculado com base em um laudo. Para a Previc, a HSM Brasil não era operacional o que levantou suspeitas sobre o valor pago. Ainda não está claro porém a relação entre o HSM Group, na Argentina e a empresa da qual Paulo Guedes participava do Conselho de Administração.
Em outras palavras, a suspeita é de que Paulo Guedes teria beneficiado a empresa na qual chegou a atuar como conselheiro a partir dos recursos dos Fundos de Pensão que foram aportados no FIP administrado por ele.

Mateus Coutinho – O Globo

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