Com chances remotas de permanecer no Santa Cruz, Carlinhos PB ainda não está descartado
Contratação de Carlinhos Paraíba para a Série C só foi possível graças a campanha com a torcida
Agente do atleta, Júlio Fressato, afirma que ainda negocia solução com Tricolor
Um abismo de realidade separam Carlinhos Paraíba de uma possível renovação com o Santa Cruz. Há cerca de dois meses, o experiente atleta de 35 anos já teve a permanência descartada por uma vez pelo vice-presidente de futebol Felipe Rêgo Barros. O mesmo dirigente, depois, tratou o "fico" apenas como improvável. Com um salário atualmente incompatível para o orçamento coral - Carlinhos ganha em torno de R$ 50 mil -, a renovação com o Tricolor só se daria mediante a aceitação de uma brusca queda salarial.
Com a renovação tratada em "modo de espera" pela diretoria, coube ao empresário do volante, Júlio Fressato, acenar com a possibilidade de permanência em 2019. Por mínima que seja. "O Santa Cruz entrou em contato, mas ainda não chegamos a um denominador. Não descarto nenhuma possibilidade, mas também não tenho nada certo até o momento", resumiu-se a dizer.
A expectativa inicial da diretoria tricolor é trabalhar com uma folha salarial que gire em torno de R$ 250 mil. Nesse panorama, somente Carlinhos representaria um quinto de todo orçamento destinado para o elenco. Carlinhos, inclusive, só integrou o elenco na última Série C graças ao empenho financeiro da torcida.
Principal contratação para a disputa do Campeonato Brasileiro, Carlinhos Paraíba tinha o maior salário do elenco. Chegou ao Arruda graças a uma campanha, o Projeto Camisa 12, que arrecadou recursos junto à torcida e bancou a maior parte dos salários. Porém, em campo, rendeu abaixo do esperado, com vários momentos de lesão. Foram apenas 13 partidas e dois gols marcados.
Revelado pelo Nacional de Patos, Carlinhos Paraíba foi contratado em 2007 pelo Santa Cruz. E apesar do rebaixamento do time para a Série C naquele ano, conseguiu se destacar. Ao ponto de ser contratado no ano seguinte pelo Coritiba. Na sequência foi para o São Paulo, onde ficou até 2012, quando se transferiu para o futebol japonês até o retorno ao Arruda.
Diario de Pernambuco
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