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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

VAI MUDAR DE NOME

PPS mudará de nome, antecipa Daniel Coelho


Em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha FM (96,7), nesta segunda-feira (05) o deputado federal reeleito Daniel Coelho (PPS) revelou que o Partido Popular Socialista, deverá mudar de nome e passará a se chamar "Movimento". Segundo ele, a mudança deve acontecer ainda este ano ou, no máximo, no início do ano que vem, e se deve à necessidade de reposicionar a legenda do ponto de vista ideológico.

"Evidentemente não é mais um partido socialista. O nome socialista não cabe mais, ele está desconectado. Hoje é um partido que está com uma agenda muito mais próxima de um liberalismo moderno do que com a agenda socialista. Portanto o partido precisa se reposicionar", disse. Daniel avaliou que a maioria das legendas sofrem de crise de identidade. "Hoje há uma crise existencial em 95% dos partidos brasileiros", apontou. Segundo ele, a mudança de nome é um compromisso assumido pelo partido no início deste ano.

Daniel Coelho também destacou a votação da legenda no Estado, que garantiu a representação em Brasília. "Tivemos mais votos para o PPS em Pernambuco do que o partido obteve, por exemplo, em Minas GeraisBahia ou Rio de Janeiro, que têm uma população bem maior do que a nossa. Passamos a cláusula de desempenho e Pernambuco foi essencial, sem os votos do Estado não teríamos passado", destacou. 

Para Daniel, a mudança acompanha o processo de renovação do partido e do surgimento de movimentos como o Livres, o Agora, o Renova e o Acredito. "Isso deu uma nova composição e uma nova cara ao PPS aqui no Estado", pontuou. "Essa mudança de nome é essencial. A gente vai mostrar aqui em Pernambuco que é possível fazer um partido que atue como movimento, mais conectado com a população. (...) Pra mim está cada vez mais claro que os partidos precisam de nitidez ideológica", afirmou Daniel.  

PPS - O Partido Popular Socialista (PPS) surgiu da decisão de parte da executiva nacional do Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista (PCB) de dissolver o partido e fundar um novo, após a queda dos antigos modelos comunistas (fim da URSS e da Guerra Fria). Seu código eleitoral é o 23, o mesmo utilizado anteriormente pelo PCB. Sua fundação ocorreu em 1992 e obteve registro permanente em 19 de março de 1992. Seu programa defendia a "radicalidade democrática", uma "nova definição do socialismo, pautado no humanismo e no internacionalismo", o que o classifica para alguns como partido defensor da social-democracia.

Após a ditadura militar, o antigo Partido Comunista Brasileiro se dividiu com a decadência das repúblicas comunistas. Durante o X Congresso do PCB, um grupo liderado ex-deputado constituinte e ex-presidenciável Roberto Freire afirmou que o socialismo revolucionário e o regime comunista estava em crise e rompe com o "Partidão". Em contraponto a esse grupo, um grupo liderado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, pelo cartunista Ziraldo, pelo educador Horácio Macedo e pelo livreiro Raimundo Jinkings fundam um novo PCB.

Em 1992, Roberto Freire e seus seguidores fundam o Partido Popular Socialista, defensor da social democracia e do socialismo democrático, a partir da estrutura preexistente do PCB. O novo partido também apoia a terceira via, uma corrente ideológica proposta pelo britânico Anthony Giddens, que busca conciliar a esquerda política com a direita. No plebiscito de 1993, o PPS defendeu a república parlamentarista. A história recente do partido o aproximou mais com as pautas liberais. O PPS votou a favor da reforma trabalhista, da PEC dos gastos e em outras medidas controversas. A mudança de nome deve acompanhar a guinada ideológica à direita que a legenda trilhou nos últimos anos.




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