GIF Patrocinador

GIF Patrocinador

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

GOVERNO BOLSONARO

Organograma da gestão Bolsonaro

É confuso e enfraquece área social
Extinção da pasta do Trabalho é retrocesso

O organograma do governo Bolsonaro é confuso e enfraquece a área social. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou hoje o mapa ministerial da futura administração, que terá 22 pastas.
Ao acumular gestão de programas e articulação política, Onyx repete o erro de José Dirceu em 2003. A experiência mostra que é difícil exercer bem as duas funções.
A extinção do Ministério do Trabalho, com a  divisão de suas tarefas por três pastas, é um retrocesso. Uma parte vai para a Justiça, outra para a Economia e uma terceira para a Cidadania. Uma conquista da Revolução de 30 caiu por terra num momento de fragilidade dos trabalhadores, que sofrem com alto desemprego.
A projeção de 350 deputados como base na Câmara é um chute. Não tem amparo nas negociações reais. Tanto que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, vai se reunir com bancadas partidárias nesta semana para tentar estabelecer pontes.
É baixa a chance de funcionar uma articulação congressual com base em acordos com frentes parlamentares de lobbies conservadores, como a bancada BBB (Bala, Boi e Bíblia). Aliás, não existe relação com o Congresso sem algum tipo de negociação política.
Colocar a Funai (Fundação Nacional do Índio) sob a batuta do Ministério da Agricultura é outro equívoco. Esse não é um assunto fundiário, mas uma complexa dívida histórica da sociedade brasileira, com questões culturais, sociais e ambientais, entre outras.
Além de discurso de campanha, a prometida redução de ministérios a 15 pastas era uma confissão do despreparo a respeito de temas complicados. Ao ficar com 22 ministérios, Bolsonaro descumpre na largada uma promessa de campanha.

Blog do Kennedy

Nenhum comentário:

Postar um comentário