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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

EMPRESAS RASTREADAS

POLÍCIA FEDERAL RASTREIA R$23 MILHÕES DA JBS A EMPRESAS LIGADAS A KASSAB 
Gilberto Kassab. Foto: ABr/Arquivo

Valores constam do relatório do Coaf no âmbito do inquérito que investiga repasses dos irmãos Batista ao político e seu partido

A Polícia Federal rastreou pagamentos de R$ 23 milhões de reais da JBS a empresas ligadas a Gilberto Kassab (PSD), ex-ministro da Ciência e Tecnologia e secretário licenciado da Casa Civil do governo de São Paulo de João Doria (PSDB).
Os valores constam em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no inquérito que investiga repasses de R$ 58 milhões pelos irmãos Wesley e Joesley Batista a Kassab e ao PSD.
A operação da Polícia Federal investiga um suposto esquema de recebimento de recursos ilícitos de 2010 a 2016. Um dos donos da JBS, Wesley Batista afirmou que pagou propina de R$ 350 mil por mês a uma empresa ligada a Kassab, a Yape Consultoria e Debates, envolvendo contratos superfaturados de aluguel de caminhões. O valor total atingiria cerca de R$ 30 milhões, segundo o delator.
Os pagamentos suspeitos foram feitos à empresa Yape Consultoria (total de R$ 16,9 milhões), empresa da qual Kassab foi sócio até 2014 e era administrada por seus irmãos. Também é citada no inquérito outra empresa da família de Kassab, a Yape Transportes, que recebeu R$ 6,1 milhões.
A investigação apura suspeita de que, enquanto a empresa de transportes prestava os serviços, a de consultoria não teria realizado.
Kassab foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Na ocasião, foram encontrados em sua casa em São Paulo R$ 300 mil em espécie. Ele nega irregularidades.
Dúvidas
O relatório também coloca em dúvida a delação de Wesley e afirma que é necessário que a investigação prossiga para que se possa fazer tal afirmação, uma vez que há relato de atividades na empresa e que Kassab sustenta ter prestado serviços.
“Nesse espectro de antagonismo entre a versão apresentada pelo colaborador e a dos investigados, ainda persiste um quadro de razoável dúvida sobre a questão de ter havido de fato ou não a efetiva contraprestação de serviços por parte da empresa Yape Consultoria, a justificar os pagamentos realizados pela JBS”, diz outro trecho da investigação.
Kassab afirma, por meio da assessoria de imprensa, que as empresas prestaram serviços a preços de mercado, “que estão documentados de forma robusta e consistente, em relação comercial iniciada em 2006 ainda com empresa que foi posteriormente adquirida pela JBS”.
“Tais informações já foram apresentadas à investigação. Kassab reitera sua confiança na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, e entende que quem está na vida pública deve estar sujeito à especial atenção do Judiciário. Reforça estar à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários e ressalta, mais uma vez, que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público”, completa a nota. 
(Com informações da FolhaPress)

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