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domingo, 27 de janeiro de 2019

O ALERTA FOI DADO

Ibama alertou para risco de rompimento de barragem

Casa em Brumadinho atingida pelo mar de lama da barragem da Vale que se rompeu Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP 

Ibama alertou para risco de rompimento em reunião que aprovou licença de barragem. Em ata de órgão ambiental representante do instituto falou que bastaria 

A ata de uma reunião que aprovou a ampliação da licença da barragem de Brumadinho , em Minas Gerais, revela preocupação do Ibama e de moradores com risco de nova tragédia. O encontro ocorreu em 11 de dezembro, quando a Câmara de Atividades Minerárias se reuniu na sede do órgão ambiental do governo de Minas Gerais, e deu o aval por oito votos a um para a ampliação das atividades do Complexo do Paraopeba, que inclui a Mina Córrego do Feijão, onde houve a ruptura na barragem 1.
No documento, o representante do Ibama Julio Cesar Dutra Grilo fez um alerta aos presentes e se absteve de votar:
 A população está preocupada com toda razão. Muita gente aqui citou o problema de Mariana (se referindo à tragédia anterior), de Fundão, e vocês têm um problema similar. E ali é o seguinte, essas barragens não oferecem risco zero - afirmou Grilo, que ainda foi além: — Em uma negligência qualquer de quem está à frente de um sistema de gestão de risco, aquilo rompe. Se essa barragem ficar abandonada alguns anos, ela rompe, e isso são 10 milhões de metros cúbicos. Então, é muito importante.
Mais cedo, em entrevista ao jornal da Globonews, o representante do Ibama subiu o tom:
— Nós fomos contrários. Porque sabemos que essas barragens, que nenhuma delas oferece segurança total. Eu defendi o descomissionamento ( encerramento das operações) da barragem - afirmou Grilo.
Membro do Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (Fonasc), Maria Teresa Viana de Freitas Corujo, repudiou o pedido de licenciamento e apresentou o único voto contrário na reunião. Ela afirmou ainda que não estava sendo respeitado o prazo adequado para se tratar de empreendimentos de mineração de grande de porte e de potencial poluidor, como era o caso da barragem. 
—  Nós estamos registrando nosso repúdio. Isso viola vários princípios constitucionais, o direito da coletividade de cuidar do 39 meio ambiente, os princípios de publicidade e eficiência. Porque eficiência, na 40 questão ambiental, não é agilizar licenciamentos de mineração - afirmou Maria Tereza, na ocasião.

O Globo 

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