Aurora dos Carnavais: saudosismo dos blocos líricos encanta foliões
Aurora dos CarnavaisFoto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
Maior encontro de blocos ocorre neste domingo (17), com expectativa de público de 5 mil pessoas
Entre os participantes estão o Coral Edgar Morais e os blocos Confete e Serpentina, da Saudade, das Flores e o Cordas e Retalhos. Nas apresentações, cada bloco vai cantar de duas a três músicas, encantando o público, de todas as idades, num clima de antigos carnavais.
Um dos organizadores do Aurora dos Carnavais, Severino Vilanova, estima que cerca de cinco mil pessoas vão participar do evento – quase mil como integrantes dos blocos e corais. “Este é o maior encontro de blocos do carnaval de Pernambuco”, afirma.
Presente desde o primeiro ano, com o Bloco Cordas e Retalhos, ‘Seu Vila’(como é conhecido) lembra dos fundadores do Aurora dos Carnavais que serão homenageados este ano: o poeta e compositor Romero Amorim e o compositor Luiz Guimarães. “Romero faleceu há quatro anos e as três filhas dele vieram do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto de Galinhas, para receber a homenagem, junto com Luiz”.
As amigas Gracilene Dias, 63 anos, e Lourdes Tomaz, 73, da ‘Trupe Lírica Um Bloco em Poesia’, criado há 18 anos em Boa Viagem, seguem a agenda de Carnaval promovida pela Prefeitura do Recife, participando de todas as apresentações. "Pra mim é maravilhoso, libera tudo que é bonito que tem na gente: os melhores sentimentos", diz Lourdes.
Já as irmãs Valdeci e Maria Madalena Araújo, de 83 e 85 anos, acompanham há 19 anos o quase centenário Bloco das Flores, esbanjando animação, vitalidade e beleza nos seus trajes cor-de-rosa. Por toda parte, o clima é de alegria, numa tranquila manifestação de um traço do nosso carnaval, onde crianças e idosos se divertem em perfeita afinação em blocos que reúnem amigos e familiares.
A administradora Suzana Pessoa, 53 anos, vira Dona Baratinha quando chega o carnaval e faz sucesso com crianças e adultos. "Estamos aqui para brincar", declara, enquanto distribui baratinhas de plástico para os foliões que não têm medo de barata.
FolhaPE
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