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terça-feira, 19 de março de 2019

SALÁRIOS DOS PODEROSOS

Servidores da Justiça: greve contra supersalários de magistrados


Funcionários questionam pagamentos feitos pelo TJ-MG a juízes e desembargadores; uma magistrada recebeu R$ 307 mil em fevereiro

Servidores públicos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) iniciam nesta terça-feira, 19, uma greve de prazo indeterminado. Os funcionários cobram a recomposição salarial com a inflação de 2018, de 2,9%, e o pagamento de auxílio-saúde, que já foi definido em uma ajuda de custo entre R$ 200 e R$ 300 por mês, conforme o tempo de trabalho de cada servidor.
A greve organizada pelo Sindicato dos Servidores da Justiça de 2.ª Instância do Estado de Minas Gerais (Sinjus-MG) chama a atenção para os pagamentos mensais de salários exorbitantes feitos aos magistrados do TJ-MG – juízes e desembargadores –, enquanto seus 18 mil servidores não possuem sequer plano de assistência medica.
Na folha de pagamento do TJ-MG de fevereiro, conforme informações divulgadas pelo próprio órgão, uma única magistrada recebeu R$ 307 mil de salário em fevereiro, valor que inclui, além do salário teto de R$ 35.462,22, uma série de penduricalhos que extrapolam os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Além de dois meses de férias por ano, por exemplo, o magistrado tem direito, ainda, a mais três meses de férias-prêmio a cada cinco anos. Na prática, porém, a maioria não retira esses meses para descanso e opta por receber em salários, os quais são pagos sem desconto de imposto de renda ou previdência.

André Borges, O Estado de S.Paulo

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