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segunda-feira, 8 de abril de 2019

GOVERNO BOLSONARO

Cem dias: O que foi dito e feito nas promessas de campanha de Bolsonaro

Presidente da República, Jair BolsonaroFoto: EVARISTO SA / AFP


Confira a seguir uma revisão das principais promessas e metas cumpridas e descumpridas no período de cem dias de governo

Desde que assumiu o poder, em 1º de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro somou a suas promessas de campanha uma série de metas para os primeiros cem dias de governo.
Confira a seguir uma revisão das principais promessas e metas cumpridas e descumpridas neste período, durante o qual o presidente de extrema direita chegou a despachar do hospital após ter sido submetido a uma cirurgia.
Diplomacia: fim do eixo Sul-Sul
Bolsonaro reservou suas primeiras visitas como presidente a Estados Unidos, Chile e Israel, como marca da ruptura com a diplomacia dos governos de esquerda, centrada na aproximação Sul-Sul.
Nos Estados Unidos, fechou com Donald Trump um acordo para lançar foguetes americanos da base de Alcântara, no Maranhão. O Brasil também extinguiu a necessidade de visto para turistas americanos, canadenses, japoneses e australianos, sem a exigência de reciprocidade, como ocorria anteriormente.
Bolsonaro havia prometido transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, mas acabou instalando um escritório de negócios na Cidade Santa, diante das pressões do poderoso lobby agrícola, temeroso de perder mercados nos países árabes.
No Chile, participou do lançamento do Prosul, que pretende substituir a Unasul, criada no auge dos governos de esquerda na América do Sul. A Venezuela chavista não faz parte do novo bloco.
Economia: resistência aos cortes
Bolsonaro prometeu privatizações e concessões, assim como cortes orçamentários para sanear as contas públicas. As primeiras licitações se revelaram bem sucedidas, mas o projeto de reforma da Previdência patina.
Em março, foram leiloados 12 aeroportos por 2,377 bilhões de reais, o dobro do estimado, e um trecho da ferrovia Norte-Sul foi licitado.
A reforma da Previdência causou tensões entre o governo e a base aliada. Os deputados, que temem aprovar medidas impopulares, exigem que Bolsonaro se envolva mais na defesa do projeto. O presidente, por sua vez, atribuiu estas pressões a vícios da "velha política", que buscaria obter cargos públicos em troca de projetos legislativos.
Segurança: o senhor das armas
O combate ao crime e à corrupção foram duas das principais bandeiras de campanha de Bolsonaro.
O chefe de Estado assinou em janeiro um decreto que facilita a posse de armas e também espera flexibilizar o porte, como prometeu à população refém da violência endêmica.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, apresentou um projeto de lei para combater em conjunto a corrupção, o crime organizado e os crimes violentos. No entanto, a chamada lei anticrime também foi tema de polêmicas entre o Executivo e o Legislativo.
Educação: desordem e retrocesso
A revisão dos manuais escolares, que na avaliação de Bolsonaro propagam visões marxistas e a "ideologia de gênero", foi outro cavalo de batalha do candidato vitorioso.
Mas o ministério da Educação - que tem no comando Ricardo Vélez Rodríguez, um colombiano naturalizado brasileiro - está praticamente paralisado devido a disputas. "Temos que resolver a questão da educação (...) Realmente não estão dando certo as coisas lá", disse Bolsonaro no fim de março.

Por: AFP

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