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segunda-feira, 8 de abril de 2019

NOVO MINISTRO

Bolsonaro anuncia Abraham Weintraub para Ministério da Educação

Abraham WeintraubFoto: Rafael Carvalho/Divulgação Casa Civil


Segundo Bolsonaro, Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta segunda-feira (8) um novo nome para o ministério da EducaçãoAbraham Weintraub entra no lugar de Ricardo Vélez Rodríguez.

Segundo Bolsonaro, Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. "Aproveito para agradecer ao professor Vélez pelos serviços prestados", escreveu o presidente em sua conta no Twitter.

Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub é o atual secretário-executivo da Casa Civil e mantém proximidade com o ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS).


Economista e professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Weintraub participou das conversas sobre a reforma da Previdência. No domingo (7), Weintraub esteve com Bolsonaro no Palácio do Alvorada. O nome de Weintraub, contudo, não estava entre os nomes cotados que circulavam nos bastidores.

A saída de Vélez era ensaiada havia algumas semanas por causa da crise permanente na pasta, expondo uma disputa entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Na sexta (5), Bolsonaro indicou a jornalistas que resolveria a questão nesta segunda.

Anunciado no dia 22 de novembro, Vélez Rodriguez foi uma das últimas definições para a Esplanada dos Ministérios.

A publicação no Twitter do então presidente eleito tirou o professor colombiano radicado no Brasil desde a década de 1970 de um considerável anonimato. Até dias antes, o próprio Vélez Rodríguez jamais havia pensado que um dia seria ministro da Educação.

Vélez chegou à equipe de Bolsonaro por indicação do escritor Olavo, guru e ideólogo direitista, patrocinada pelos filhos do presidente. 

Professor de filosofia, identificado com o conservadorismo, antipetismo e a luta contra o marxismo cultural, Vélez fez carreira discreta na própria instituição onde atuou por quase 30 anos, a Universidade Federal de Juiz de Fora. 

Sem ter se dedicado aos debates sobre políticas públicas e educação, montou uma equipe a partir da indicação de vários grupos, o que depois resultou em um mosaico de interesses e disputas.

Passaram a compor a pasta profissionais ligados aos militares, ex-alunos de Vélez, técnicos do Centro Paula Souza, de São Paulo, e discípulos de Olavo. Ironicamente, atritos com ex-alunos de Olavo provocariam o desgaste mais prolongado de Vélez.

A disputa também atrasou definição de políticas importantes para as redes de ensino, como a continuidade do apoio à implementação da Base Nacional Comum Curricular -programa retomado somente no dia 4 de abril.

Nesses três meses, dúvidas com relação às avaliações federais e sobre a definição do programa de livros didáticos, por exemplo, causaram incômodo com os secretários de educação de estados e municípios.



Por: Folhapress

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