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domingo, 19 de maio de 2019

O RISCO É MAIOR

Risco em barragem é maior que o informado pela Vale, diz MP

Barão de CocaisFoto: Reprodução/Google Maps


Rompimento poderia provocar o despejo de toda a represa e dos rejeitos de minério de ferro na comunidade de Barão de Cocais, em Minas Gerais

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, a Vale não informou às autoridades sobre a movimentação de um talude da cava norte do complexo minerário localizado acima da barragem de Gongo Soco, o que poderia provocar o despejo de toda a represa e dos rejeitos de minério de ferro na comunidade de Barão de Cocais.

Nesta quinta-feira (16), a Vale divulgou um documento estimando que somente a barragem Sul Superior de Gongo Soco corre risco de rompimento entre os dias 19 e 25 de maio. Segundo a empresa, foi identificada uma deformação no talude (encosta que garante estabilidade) na cava da mina, que fica a cerca de 100 km de Belo Horizonte.

Além disso, segundo o Ministério Público, o estudo fornecido pela mineradora não contempla os impactos na mancha de inundação para o caso do rompimento de toda estrutura. Sendo assim, a quantidade de material e a força da avalanche de rejeitos terá proporções muito maiores do que apresentado pela mineradora.


A juíza Fernanda Chaves Carreira Machado, da comarca de Barão de Cocais, determinou multa de R$ 300 milhões caso a mineradora não apresente em até 72 horas um novo estudo com a atualização dos impactos do rompimento do talude norte e sul da barragem de Gongo Soco, incluindo novas rotas de fuga e pontos de encontro. A empresa deve, também, fazer nova implantação de sinalização de campo e de sistema de alerta e traçar novas estratégias para evacuação e resgate da população, comunicação, adequação de estrutura lógica, resgate e cuidado dos animais e de bens culturais da comunidade de Barão de Cocais.

Outro lado
Na quinta-feira, a Vale afirmou por meio de nota que "não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento do talude Norte da Cava da Mina Gongo Soco desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior. Mesmo assim, a Vale está reforçando o nível de alerta e prontidão para o caso extremo de rompimento". A cava da mina Gongo Soco está paralisada desde 2016. 

Após decisão do Ministério Público, em nota, a mineradora informou que "de acordo com os dados atuais de monitoramento pelo radar instalado na cava, existe a possibilidade de deslizamento do talude norte, que está localizada a 1,5 km da barragem Sul Superior. O monitoramento via radar e estação robótica nesta estrutura, porém, não traz evidência de processo de deformações na barragem".



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