FERNANDO DE NORONHA

Noronha assina parceria para atingir “Carbono Zero”

Por meio do acordo, a Renault Brasil cedeu automóveis e carregadores para uso da administração distrital

Como reforço para o cumprimento da meta de tirar da ilha até 2030 todos os veículos movidos a gasolina, álcool e óleo diesel, a administração de Fernando de Noronha assina neste sábado (8) um contrato de parceria com a Renault Brasil para a implantação dos carros elétricos na ilha. 

O Projeto Noronha Carbono Zero determina ainda o dia 10 de agosto de 2022 como data limite para entrada de carros que emitem dióxido de carbono. “Noronha é a primeira localidade do Brasil a estabelecer a meta de proibir a entrada de carros e queremos que seja também a primeira a zerar a emissão de carbono”, aponta o administrador da ilha, Guilherme Rocha.

Por meio do acordo, a Renault Brasil cedeu em regime de comodato seis automóveis dos modelos Zoe, Twizy e Kangoo, além de quatro carregadores para uso da administração distrital. Os veículos contam com autonomia que variam de 100 a 300 quilômetros e após uma hora e quarenta minutos de recarga, já atingem 80% da capacidade das baterias. A cerimônia de formalização do acordo ocorre no Restaurante Mergulhão e contará com a presença de executivos da montadora e representantes da Administração de Noronha.

Na quarta-feira passada, o governador Paulo Câmara assinou o decreto para estabelecer a vedação dos veículos de combustão. A determinação será publicada no Diário Oficial deste sábado. A regra, no entanto, não se aplica às embarcações, aeronaves, tratores e outros veículos automotores utilizados para executar trabalhos de construção ou de pavimentação, serviços portuários e aeroportuários.

Já a partir de segunda-feira, serão concedidas 130 autorizações ecológicas para quem tiver interesse em obter automóveis que seguem especificações voltadas para preservação do meio ambiente. Deste total, 100 são voltadas para pessoas físicas e 30 para pessoas jurídicas. Os critérios para liberação das autorizações estarão no decreto assinado pelo governador.

A mobilidade se soma à questão da matriz energética como as prioridades da administração distrital voltadas para a completa remoção das emissões de dióxido de carbono. “Atualmente, nossa matriz energética é composta por 15% de energia solar, mas ainda temos 85% de energia a diesel, até 2030 queremos o fornecimento de energia completamente limpo”, afirma Rocha.  

FolhaPE