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domingo, 28 de julho de 2019

NÃO TEM NADA DE ERRADO

Bolsonaro defende carona a parentes em voo da FAB
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou neste sábado (27) que não vê nada de errado em ter usado helicóptero da presidência para transportar parentes ao casamento de seu filho Eduardo Bolsonaro em maio. 

"Eu vou responder. Eu fui a casamento do meu filho. A minha família ia comigo. Eu vou negar o helicóptero a ir para lá e mandar ir de carro? Não gastei nada do que já ia gastar".
 
Antes da cerimônia, o presidente fez gestos de indignação dirigidos à imprensa e reclamou: "Só fazem pergunta esquisita. Irã, OMC, Mercosul, futuro do Brasil, Forças Armadas. Ontem, lá (em Goiânia). Uma pergunta que pelo amor de Deus...", disse Bolsonaro.
 
O presidente já havia se irritado nesta sexta-feira (26) com pergunta feita pela Folha sobre uso de um helicóptero da FAB (Força Aérea Brasileira) por seus familiares para transportar convidados para o casamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, no Rio de Janeiro. 
 
Depois, o presidente não quis dizer se via incompatibilidade no uso ou se estava dentro da aeronave. "Toda vez que eu viajo com o helicóptero, vão fois helicópteros comigo. Por que vocês não veem meu gasto mensal com o cartão corporativo?", questionou Bolsonaro.
 
"A minha preocupação é com o Brasil. Se eu errar, assumo meu erro e arco com as consequências. Até o momento, pelo que eu vejo, nada de errado aconteceu", continuou o presidente.
Jair Bolsonaro compareceu à cerimônia de brevetação de novos paraquedistas, no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.
 
O governo alegou "razões de segurança" para autorizar o voo. De carro, o trajeto tem aproximadamente 35 km e levaria 35 minutos. Segundo o site, foram 14 minutos de voo na aeronave da FAB.
 
No veículo estavam cerca de 10 pessoas, entre elas irmãs de Bolsonaro e o deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ), o Helio Negão, amigo do presidente do Brasil.
 
Em nota, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) informou que "por razões de segurança, o coordenador de segurança de área neste evento, exercendo competências contidas no decreto nº 4.332, de 12 de agosto de 2002, decidiu que o presidente da República e familiares fossem transportados em helicópteros da Força Aérea Brasileira". 


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