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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

ENERGIA NUCLEAR

Governo reestrutura autarquia de política de energia nuclear

Energia Nuclear AtômicaFoto: Reprodução/Pixabay


O comitê será formado por cinco membros, quatro ligados à pasta de Pontes e um à CNEN

O governo federal criou nesta segunda-feira (7) um comitê que irá reestruturar a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), autarquia responsável por desenvolver a política de energia nuclear. Também instituiu uma autoridade em segurança nuclear visando a separar as atividades de pesquisa e desenvolvimento das atividades de regulação e fiscalização dessa autarquia.
De acordo com portaria assinada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, no Diário Oficial da União, o comitê será formado por cinco membros, quatro ligados à pasta de Pontes e um à CNEN.
Criada em 1956, a comissão é responsável pelo estabelecimento de normas e regulamentos em radioproteção e pela regulação, licenciamento, fiscalização e produção do uso da energia nuclear no Brasil. O prazo para a conclusão dos trabalhos do comitê será de 120 dias, de acordo com a portaria.
A reestruturação vem no momento em que o governo deseja retomar a produção nacional de urânio. Desde que assumiu a pasta de Minas e Energia, o ministro Bento Albuquerque demonstra interesse em mudar a legislação de mineração para abrir o mercado a investidores estrangeiros e quebrar o monopólio da União na exploração de urânio.
A expectativa do governo é que até o final do ano consiga emplacar um plano para ampliar o parque nuclear do país em parceria com a iniciativa privada, como forma de viabilizar a conclusão de Angra 3.
Em julho, o presidente Jair Bolsonaro incluiu Angra 3, sob responsabilidade da estatal Eletrobras, no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) do governo. A implementação da usina está suspensa desde 2015, após irregularidades detectadas pela Lava Jato.
Em agosto, o presidente da estatal INB (Indústrias Nucleares do Brasil), Reinaldo Gonzaga, disse que a expectativa era retomar a produção de urânio até o fim do ano. Dono da sexta maior reserva mundial, o país gasta cerca de R$ 100 milhões ao ano com a importação do minério para abastecer as usinas nucleares de Angra.

Folhapress

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