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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

SANTA CRUZ - SIGILO TOTAL

Coordenador do núcleo de gestão do Santa defende sigilo sobre valores de negociações

Roberto Freire também prometeu melhorias no Portal da Transparência coral (Foto: Bruna Costa/DP)


Para Roberto Freire, a partir da próxima temporada, clube não deve revelar valores da venda de atletas em seu site oficial


Na atual temporada, a diretoria do Santa Cruz, por meio do seu site oficial, divulgou a quantia obtida pelo clube com a negociação de alguns dos seus jogadores. Entre eles, a venda do atacante Elias para o Athletico Paranaense por R$ 1,6 milhão (dos quais R$ 900 mil ficaram com o Tricolor) e os valores de uma possível transferência do lateral Warley para o CSA (de R$ 750 mil a R$ 1,2 milhão) e do zagueiro João Victor para o Vitória (R$ 800 mil). No entanto, essa prática não deve se repetir a partir do próximo ano. Pelo menos é o que afirmou o coordenador do Núcleo de Gestão do clube, Roberto Freire.

O dirigente se mostrou contra a divulgação pública desses valores. E afirmou que essa prática atrapalhou o planejamento financeira do clube em 2019. “Nós estamos numa situação que se a gente faz uma publicação dessa, entendem que o Santa Cruz vai receber R$ 900 mil, e acontece que no outro dia tinham 53 mensagens no meu celular, de todo mundo querendo a sua parte dos R$ 900 mil de Elias”, reclamou Freire.
 
Para o dirigente, omitir esse tipo de informação é parte do novo plano estratégico do clube. E que em futuras vendas, o Santa irá pedir reservas. “Nós estamos numa guerra aqui. E eu discordo que isso seja informação transparente, para mim isso é estratégico nosso em não publicar os valores. Nas próximas negociações, nós do Santa Cruz, vamos pedir reserva de informação”, completou Roberto Freire. 

Portal da Transparência

Já com relação ao Portal da Transparência do Santa Cruz, lançado no início deste ano, com a intenção de aproximar a torcida da realidade financeira do clube, Roberto Freire prometeu melhorias para 2020. Na atual temporada, apenas os resultados obtidos pelas bilheterias nos quatro primeiros jogos do ano, todos realizados na Arena de Pernambuco, foram publicados.
 
De acordo com o dirigente, isso se deu pela falta de informações mais confiáveis.  “A gente precisa primeiro tornar a informação confiável, com a chancela de uma empresa especializada. Nós contratamos três. Está sendo concluído agora nesses próximos dias o relatório da parte tributária, mas os controles internos aqui do clube eram muito frágeis. Eu não posso dar uma informação sem saber se ela é real. A transparência que a gente vai dar, é a transparência da informação verdadeira”, comentou.
 
Roberto abordou o cenário inicial encontrado pelo Núcleo de Gestão no Santa e detalhou o trabalho que vem sendo feito há quase dois anos para “validar informações”. “Quando a gente chegou aqui no clube, era totalmente informal, e a gente está há 22 meses fazendo os levantamentos de todas as informações para a gente poder publicar. Seria irresponsabilidade minha fazer qualquer publicação, e dar qualquer informação se os números não fossem válidos. As auditorias estão concluindo os processos, e eu acredito que até uns dois meses a gente tenha as informações validadas”, relembrou.

DP

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