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domingo, 20 de outubro de 2019

SE PERPETUANDO NO PODER

Bolívia: Evo Morales disputa reeleição neste domingo

 (Pedro Ugarte/AFP) 
Os bolivianos vão às urnas neste domingo, 20, para decidir se o comandante do partido Movimento para o Socialismo (MAS), Evo Morales, continuará na Presidência do país até 2025. O presidente da etnia uru-aimará, um ex-líder cocaleiro, concorre ao seu quarto mandato como líder da nação com amplas chances de ser reeleito. Sua candidatura somente foi possível graças à “sensibilidade” do Tribunal Constitucional da Bolívia ante as pressões de políticos aliados a Morales, que passou por cima do referendo de 2016, que o proibia de entrar na disputa.
Morales conseguiu reorientar a economia da Bolívia para uma mudança estrutural, a ponto de o país tornar-se exemplo mencionado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O Produto Interno Bruto (PIB) cresce a taxas superiores a 4,0% ao ano desde pelo menos 2010. A dívida pública líquida equivale a 45,6% do PIB. A taxa de inflação, que chegou a 9,9%, em 2011 em um país com experiência de hiperinflação no passado, despencou para 4,5% no ano seguinte e fechará 2019 a 2,3%. O desemprego abarca 4,0% da população ativa desde 2016.  Guardadas as diferenças, trata-se de um quadro de dar inveja ao Brasil e à Argentina, as maiores economias da América do Sul. 
As pesquisas mais recentes apontam a vantagem de Morales nestas eleições, mas aquém das margens registradas em eleições anteriores, especialmente por causa de episódios nos quais exibiu um claro traço de autoritarismo.
Uma sondagem do instituto Ciesmori, na semana passada, mostrou o presidente com 36,2% e seu principal concorrente, o ex-presidente Carlos Mesa (2004-2005), do partido Comunidade Cidadã, com 26,9%. Se mantida essa diferença, o pleito seguirá para o segundo turno, em dezembro. A consultoria Ipsos Bolívia, porém, prevê uma decisão já neste domingo ao registrar Morales com  40% das intenções de votos, contra 22% de Mesa.
As regras eleitorais na Bolívia são parecidas com as da Argentina, onde haverá eleições presidenciais em 27 de outubro. Para levar a Presidência logo no primeiro turno, Morales teria que ganhar com 50% mais um dos votos ou obter 40%, mas com uma diferença de dez pontos percentuais para o segundo colocado.

Da Veja - Por Vinícios Noveli

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