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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

FÓRMULA TRUCK - PERNAMBUCANO ARRETADO

O TRICAMPEÃO BETO MONTEIRO


Acompanhar a última corrida da temporada da Fórmula Truck era o ponto alto de minha agenda esportiva e de entretenimento neste domingo. Afinal, para mim, particularmente, era imperdível assistir a corrida que foi realizada no "santuário" do automobilismo brasileiro, o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e ouvir o narrador ressaltar o título conquistado por Beto Monteiro. Na realidade sua performance nas duas etapas finais serviu apenas para carimbar um título que já estava anunciado pela campanha: 8 vitórias; 12 pódios e 5 poles. 
Foi inevitável uma olhada no retrovisor. 
No final dos anos 90, precisamente em 1997, a Fórmula Trock aportou pela primeira vez em Pernambuco. O idealizador e promotor do circo que começara a conquistar espaço no automobilismo brasileiro, Aurélio Batista Félix, tinha no seu projeto, a conquista do Nordeste. A época, para dar o primeiro passo, contou com a ajuda substancial de Cleyton Pinteiro, presidente da FPA; Gilberto Lyra, vice-presidente da FPA e Zeca Monteiro.
A empresa, Zeca Monteiro Reboque era o ponto de apoio da Truck no Recife. Em Caruaru, além do usar seu prestígio político, o empresário Gilberto Lyra abria as portas da oficina da Empresa Caruaruense para receber e dar o devido apoio a todos os pilotos e suas equipes. A resposta do público não poderia ter sido mais positiva.
O Autódromo Internacional de Caruaru passou a ser um dos destinos mais importantes da Truck. O número de turistas que a categoria dos brutos atraia para Capital do Agreste só era menor que o número de visitantes registrado no tradicional São João, festa de apelo popular.
Nas primeiras edições da Truck em Pernambuco, Beto Monteiro correu sempre em caminhões alugados, equipamentos que iam a pista apenas para fazer número, pois não tinha condições de competir com algumas equipes já estruturadas.
Com o apoio da Monte Carlos, Beto Monteiro substituiu Sérgio Ramalho em duas corridas, na equipe de Tiago Grison. Sérgio havia sofrido um acidente num treino de kart, em João Pessoa. As duas etapas numa equipe bem estruturada foram suficientes para o piloto pernambucano marcar seu terreno na categoria mais popular do automobilismo brasileiro.
A evolução de Beto Monteiro na equipe de Djalma Fogaça, pilotando um Ford foi impressionante. Não demorou muito tempo para ele se posicionar entre os melhores pilotos da categoria. Conquistou o primeiro título em 2004 e repetiu a dose em 2013, quando também se sagrou campeão sul-americano, desta feita pilotando um Iveco.
Beto estava consolidado como um dos melhores pilotos brasileiros da atualidade, brilhando não apenas na Truck, mas em outras categorias do automobilismo nacional. Nos Estados Unidos funciona como coach de alguns pilotos.
O banho de champanha que o tricampeão brasileiro de Fórmula Truck levou ontem no pódio, lavou a alma de todos os pernambucanos.


CLAUDEMIR GOMES

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