Estudante recifense nota mil na redação do Enem diz que sempre se deu melhor em exatas
Thiago Nakazone diz que procura sempre se manter atualizadoFoto: Jose Britto/Folha de Pernambuco
Thiago Nakazone, 18 anos, buscou se aprimorar na escrita, acumulando conhecimentos de várias áreas. Para o futuro, jovem deseja cursar arquitetura.
A preparação, além de unir os conteúdos ensinados no colégio particular em que estudava, na Zona Sul do Recife, com o que aprendeu em cursos de reforço em português e redação, incluiu treino, leitura e a busca por manter-se atualizado. “Procuro sempre me informar, estar a par das situações. Conforme você vai se informando, acumula conhecimento. Na hora da prova, você tem que usar essa bagagem a seu favor para argumentar melhor”, considera o jovem.
Para a professora Fernanda Bérgamo, que acompanhou esse processo, o resultado não foi tão surpreendente. “É o que todo mundo espera quando há persistência, dedicação e disciplina. O que mais me encantou em Thiago é que ele nunca levava uma dúvida para casa, nunca deixou de entregar redação e sempre se comprometeu na redação seguinte de não repetir as falhas na redação anterior”, revela.
De acordo com ela, é essa disposição para treinar e construir uma bagagem de conhecimento, e não ser impecável na gramática, que garante a nota máxima. “Thiago assistia a filmes, gosta de música, e utilizava repertórios dessas áreas, junto com conhecimento de dados estatísticos, alusão histórica, filosofia. Ele é resultado dessa soma. Uma família maravilhosa, uma equipe de professores atenta e ter um menino extremamente dedicado e atencioso ao que é passado”, afirma. “Como você vai dar uma opinião se você não tem conhecimento do fato? Então, estar atento às notícias é fundamental para esse sucesso”.
O gosto pelo cinema, tema da redação, também ajudou. Ao refletir sobre a “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, o estudante levou em conta questões como o movimento Cinema Marginal, distribuição desigual das salas de exibição pelo País e preço dos ingressos. “Na solução, uma das minhas propostas era que se dessem estímulos aos micro e pequenos empreendedores a abrir cinemas regionais para ampliar a concorrência”, lembra.
Para o futuro, o jovem, que acaba de entrar na vida adulta e espera aplicar o resultado no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) na próxima semana, deseja trabalhar com criação e readequação de espaços. “Por muito tempo, pensei em engenharia civil, mas depois eu vi que não era a parte da estrutura de uma construção em si, mas todos esses detalhes de planejamento do espaço que eu acho mais interessante”, pondera.
Por: Artur Ferraz
Nenhum comentário:
Postar um comentário