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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

CASO DA PORTARIA

Gravações em portaria de Bolsonaro não sofreram adulteração, aponta perícia

Presidente Jair BolsonaroFoto: Carolina Antunes/PR


A informação consta de laudo do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) da Polícia Civil

As gravações do interfone na portaria do Condomínio Vivendas da Barra, usadas como prova na investigação da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, não sofreram adulteração de seu conteúdo original.

A informação consta de laudo do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) da Polícia Civil em cinco HDs apreendidos no condomínio, onde moravam tanto o presidente Jair Bolsonaro como o policial militar aposentado Ronnie Lessa, um dos acusados do homicídio.

A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem.
O sistema de gravação passou a ser analisado após um porteiro afirmar em dois depoimentos que foi Bolsonaro, morador da casa 58, quem autorizou a entrada do ex-PM Élcio Queiroz, também acusado no crime, a entrar no condomínio no dia do homicídio. A planilha de controle de entrada também mostrava a casa 58 como destino do visitante.


Élcio e Ronnie se encontraram no Vivendas da Barra pouco depois das 17h para, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, partirem juntos até o local do crime, ocorrido às 21h15. Um fato já apontava contradição na versão do porteiro: Bolsonaro estava em Brasília no momento em que o ex-PM foi autorizado a entrar no local.

Uma análise técnica feita pelo MP-RJ também indicou um erro no depoimento do porteiro, pois identificou como sendo Lessa o responsável por autorizar a entrada de Élcio. O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, divulgou em suas redes sociais que o nome do arquivo indicava que a ligação da portaria havia sido feita para a casa 65, de Lessa.

A Folha de S.Paulo revelou, contudo, que a análise da Promotoria não avaliou a possibilidade de algum arquivo ter sido apagado ou renomeado antes de ser entregue às autoridades. A Polícia Civil, então, apreendeu os HDs para avaliar a eventual adulteração dos arquivos.

Dias depois, o porteiro afirmou à Polícia Federal ter cometido um erro ao mencionar o presidente. A PF apura um suposto crime de denunciação caluniosa no episódio.
O laudo, apresentado à Justiça na semana passada, diz que não foram encontrados "indícios sugestivos de edição fraudulenta do disco analisado, correspondente ao sistema de gravação do interfone".

O ICCE aponta ainda que o porteiro que interfonou para Lessa não é o mesmo que prestou depoimento apontando o envolvimento de Bolsonaro. Investigadores afirmam que isso se deve ao fato de um atender ao visitante e anotar o destino na planilha de controle de entrada -papel do porteiro que mencionou o presidente-, e outro fazer a ligação para a casa de destino.


Folhapress

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