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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

DIABÉTICOS

Insulina inalável de ação rápida passa a ser vendida no Brasil

Insulina inalávelFoto: Divulgação


O Brasil é o segundo país a disponibilizar a medicação, depois dos Estados Unidos

Uma insulina inalável que pode substituir, em parte, as picadas diárias de injeção dos diabéticos chegou ao mercado brasileiro. A insulina inalável foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em junho de 2019 e será vendida em três dosagens (4, 8 e 12 UI, ou unidades internacionais, de insulina), em embalagens com 90 e 180 refis, e dois inaladores por caixa. A dosagem recomendada deve ser indicada pelo médico.

O Brasil é o segundo país a disponibilizar a medicação, depois dos Estados Unidos.
Batizada de Afrezza e fabricada por duas empresas - Biomm e MannKind Corporation -, ela tem ação rápida. Esse tipo de insulina, chamada prandial, é geralmente usado antes das refeições para equilibrar a quantidade de insulina na corrente sanguínea e deve ser utilizado junto com insulinas de ação lenta, conhecidas como basais, que mantêm o controle da glicose em períodos mais longos, como a madrugada.

As insulinas de ação rápida são indicadas para quem tem diabetes tipo 1 e também pessoas com o tipo 2 que têm uma produção muito baixa do hormônio, responsável pelo controle dos níveis glicêmicos no sangue.
Não é a primeira vez que uma insulina inalável é aprovada no Brasil, porém. Em 2006, a Anvisa aprovou a Exubera, da farmacêutica Pfizer, que era usada com o auxílio de um inalador, parecido com o que é usado por pessoas que sofrem com crises de bronquite.

No ano seguinte à entrada no mercado, porém, a empresa tirou o medicamento de circulação. À época, a farmacêutica associou a retirada do mercado a números insuficientes de pacientes que usavam a droga, mas médicos levantaram outra possível causa: o tamanho do inalador, que poderia ser incômodo para transporte.

Especialistas ouvidos pela Folha apontam que as diferenças do novo medicamento para atuais insulinas prandiais injetáveis são a menor possibilidade de hipoglicemias horas após a administração da droga e a velocidade de ação do medicamento. Enquanto nas insulinas injetáveis o efeito começa a surgir em cerca de 15 minutos e os níveis máximos de hormônio na corrente sanguínea ocorrem em 1h, com o Afrezza o pico de ação já ocorre nos primeiros 15 minutos após a administração.

Mas, para usar a nova insulina, os pacientes deverão ter indicação médica e fazer um exame anual, chamado espirometria, para constatar a capacidade pulmonar. O medicamento não deve ser usado por fumantes, pessoas com problemas pulmonares crônicos e menores de 18 anos.

A caixa com 90 refis de 8 UI cada custa R$ 2.535, 64 e a de 90 refis de 12 UI, R$ 3.819,08. O valor comercial foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.

Segundo a Biomm, por meio do programa Mais Saúde Biomm a insulina inalável pode ter descontos e custar R$ 1.900,00 (a caixa com 90 refis de 8 UI cada) e R$ 2.600 (a caixa com 90 refis de 12 UI). O paciente pode se cadastrar pelo site ou pelo telefone 0800-057-2467 para adquirir o medicamento por menor valor em redes de farmácia associadas.



Folhapress

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