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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

FAKE NEWS

CPMI das Fake News: sócio da Yacows nega irregularidades


Um dos sócios da Yacows, empresa de marketing digital que atuou na eleição de 2018, disse que o serviço de disparos de mensagens em massa da firma foi usado pelas campanhas dos então candidatos à Presidência Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (à época no PSL) e Fernando Haddad (PT). Aos integrantes da CPI das Fake News, Lindolfo Antônio Alves Neto negou irregularidades e disse desconhecer o conteúdo dos textos enviados via WhatsApp.
No caso de Meirelles, uma das empresas do grupo foi contratada por R$ 2 milhões, segundo os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O empresário estimou que, com o valor, entre 10 milhões e 15 milhões de mensagens podem ser enviadas. Já em relação a Bolsonaro, a Yacows foi subcontratada pela AM4, agência responsável pela campanha do presidente. Segundo Alves Neto, um pacote de 20 mil mensagens foi comprado, mas apenas 900 disparos foram realizados, ao custo de R$ 1.680. A AM4 recebeu R$ 650 mil da campanha de Bolsonaro, de acordo com o TSE.
— Pode ser que o número esteja um pouquinho para mais, um pouquinho para menos, mas, de fato, o que aconteceu é: eles (campanha de Bolsonaro) compraram apenas a possibilidade de executar 20 mil envios — disse o empresário.
Já no caso de Haddad, houve uma triangulação: a campanha contratou a M. Romano Comunicação (ao custo de R$ 4,8 milhões, segundo o TSE), que fez um outro contrato com a a agência Um Por Todos Digital que, por sua vez, subcontratou a Yacows.
Segundo o deputado Rui Falcão (PT-SP), foram realizados 500.181 envios, em três oportunidades. Uma das mensagens trazia a informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sido substituído por Haddad na cabeça de chapa, de acordo com o relato do parlamentar.

O Globo

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