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segunda-feira, 23 de março de 2020

CORONAVÍRUS

Parques e praias do Recife teve pouco movimento neste domingo

Parque Santana, Zona Norte do RecifeFoto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco


Poucas pessoas se aventuraram a frequentar locais públicos diante da recomendação de ficar em casa para combater a covid-19

Poucas pessoas se aventuraram a frequentar locais públicos no Recife neste domingo (22), o primeiro após as medidas restritivas adotadas pelo Governo de Pernambuco para conter o avanço do novo coronavírus no Estado. O cenário de parques, praias e praças foi, em sua maioria, desértico.

Quase não havia idosos entre os que desobedeceram a recomendação de ficar em casa e resolveram sair para praticar alguma atividade física ou apenas espairecer. Quem saiu da quarentena disse estar tomando medidas para prevenir o contágio do Sars-Cov-2, agente causador da doença covid-19, que já causou mais de 12 mortes no mundo. Em Pernambuco já são 33 casos confirmados, segundo o boletim mais recente divulgado no sábado (21).

No Parque Santana, localizado em bairro homônimo, na Zona Norte da Capital, os brinquedos e áreas de convivência com bancos estavam interditados com fitas. No início da manhã, Everton Henrique, 6 anos, era a única criança no local. O pequeno estava acompanhado do pai, o conferente Eduardo Moura, 42. "Quando se tem criança em casa fica difícil cumprir a quarentena. Chega uma hora que as brincadeiras acabam. Mas para sair hoje, por exemplo, tomei várias medidas preventivas. Vim mais cedo para evitar encontrar muita gente no parque, evitamos contato com outras pessoas e sempre lavamos as mãos, como orientam os especialistas", falou Eduardo.

O casal Nara Patriota, 59, e Osmar Patriota, 61, foram ao Parque Santana para caminhar. Acostumados a praticar atividade física no local, eles afirmam que a movimentação está bem diferente de um domingo comum. "As medidas restritivas são necessárias porque a gente viu que em outros países demoraram a aplicar e houve um grande aumento nos casos. Tenho uma filha morando no Canadá passando pela mesma situação que nós de ter que ficar em casa", falou Osmar. Nara afirma que está temerosa com os males causados pelo novo coronavírus e tem se prevenido. "A gente tem que se cuidar. Nunca esquecer de lavar as mãos, usar álcool gel quando preciso", comenta.

No Parque da Jaqueira, também na Zona Norte, a movimentação estava maior, porém abaixo do que se vê em um domingo habitual. Segundo funcionários do local que não quiseram se identificar, por volta das 6h, um grupo de aproximadamente 30 pessoas estava malhando na Academia Recife instalada no local. Enquanto esteve no equipamento, a reportagem não flagrou ninguém usando os aparelhos de ginástica, mas havia um número considerável de pessoas caminhando e correndo na pista de cooper. Guardas municipais monitoravam o espaço.

Na calçada da entrada principal do parque os quiosques estavam abertos, contudo os comerciantes reclamaram do pouco movimento. Trabalhando no local há 33 anos, Ronaldo Severino da Silva, 46, disse que já calcula uma queda de 80% nas vendas. "Concordo com as medidas restritivas e de isolamento, mas o governo deveria dar um suporte ao pequeno comerciante para enfrentar este momento", disse.

Praias
Nas praias de Recife e Jaboatão, na Região Metropolitana, a movimentação também foi atípica neste domingo ensolarado. Os guarda-sóis e cadeiras que normalmente se vê na faixa de areia desta vez não fizeram parte do cenário. Contudo, ainda houve quem aproveitou o domingo para tomar banho de mar ou se exercitar no calçadão. Entre outras medidas restritivas, a gestão estadual anunciou, na última quinta-feira (19), a suspensão do comércio nas praias. Porém, não há restrições para o banho de mar, segundo o decreto do Governo do Estado.

Morando próximo à praia de Boa Viagem, na Zona Sul, o casal Lanúzia Priori, 56, e Hugo Priori, 55, disse que diante da pandemia procura fazer o melhor possível para ajudar no combate. "A gente só veio porque viu que estava vazio, já que a recomendação é evitar aglomeração", disse o autônomo. A dona de casa falou que está saindo de casa apenas quando é necessário. "Já fomos ao mercado duas vezes nos últimos dias, mas voltamos para casa porque estava cheio de gente", disse.



Por: Wellington Silva

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