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domingo, 22 de março de 2020

EFEITO CORONAVÍRUS

Pequenos negócios precisam de ajuda

Superintendente do Sebrae-PE, Francisco Saboya, pede para que os consumidores quando forem comprar algum produto, procure os pequenos negóciosFoto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco


A recomendação do Sebrae é que os consumidores, quando precisarem comprar, procurem as pequenas empresas

As Micro e Pequenas Empresas (MPE) respondem por 99% dos negócios que mais geram emprego em todo o Brasil. Somente no ano passado foram responsáveis por 730 mil vagas em todo o País. Diante desse atual cenário global de pandemia, essas empresas estão sofrendo com a falta de procura de consumidores. Com os decretos orientando as pessoas a ficarem em casa, a recomendação do Sebrae é que os consumidores, quando precisarem comprar, procurem as pequenas empresas. É que segundo especialistas, caso haja falência dessas empresas, isso pode causar um colapso em toda economia.

Em razão disso, o superintendente do Sebrae-PE, Francisco Saboya, pede para que os consumidores quando forem comprar algum produto, procure os pequenos negócios. “Escolha a mercearia do bairro, a pequena farmácia. Se precisar de serviço, contrate um prestador avulso de sua confiança”, orienta. “É preciso, no meio da crise, fazer o sistema produtivo funcionar e garantir o fluxo de bens, serviços e dinheiro, para a economia não entrar em colapso”, detalha.

Ainda de acordo com Saboya, com a pandemia, a economia deve ser fortemente impactada e empregos devem ser afetados. No entanto, ele destaca que ajudar os pequenos negócios pode ser uma alternativa de reduzir esses impactos na economia do país. “As MPE são o elo mais fraco, porque não possuem poupança nem reservas financeiras. Além disso, o acesso ao crédito é bem menor do que nas grandes empresas”, detalha. Ele ainda propõe que o Governo Federal implemente estratégias para fomentar os pequenos negócios. “O Governo precisa abrir a carteira, como fez os Estados Unidos. É necessário engrossar as medidas adicionando uma camada de crédito jamais vista”, sugere.

Para se ter uma ideia da dimensão, somente em Pernambuco, no ano passado eram 492 mil MPEs. Desse montante, mais de 300 mil representa os Microempreendedores Individuais (MEI). Do total do PIB pernambucano, 26,1% é referente a participação das MPE.

“As microempresas, em termos percentuais, são maioria na economia e responsáveis por boa fatia na geração de emprego e renda. Quando as MPE são afetadas, o impacto a elas é bem maior do que em grandes empresas”, explica o economista da Fecomércio, Rafael Ramos. Ele ainda conta que as empresas maiores têm fôlego para suportar períodos de crise, enquanto que as micro empresas não dispõem de recurso. “Elas precisam cortar custos quando sentirem o impacto, não tem como postergar isso. Se a crise demora, a redução de despesas pode chegar até as vagas. Essa é a grande preocupação”, complementa.

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, anunciou que enviou uma proposta, na última quarta, ao Banco do Nordeste e governo federal, para ajudar os pequenos negócios do Estado. “É uma grande linha de financiamento para micro e pequenas empresas, que são aquelas que representam 52% dos empregos formais do Estado. São 103 mil empresas nessa situação com dificuldade no fluxo de caixa, com a receita baixa. Nossa proposta é que das 103 mil empresas, com 510 mil empregados, em Pernambuco, o cálculo seria equivalente a um empréstimo com cerca de 3% do PIB”, argumenta.

Iniciativa

Preocupado com o impacto da crise econômica provocada pelo Coronavírus, especialmente sobre os pequenos negócios, o Sebrae lançou um portal de informações totalmente voltado para orientar os empreendedores. São cinco canais de comunicação para que o empresário esteja amparado. Telefone: 0800.570.0800; Whatsapp: 99194.6690; Portal Sebrae. Além desses, o empreendedor ainda pode procurar o Sebrae nas redes sociais e pelo aplicativo oficial disponível nas App Store e Play Store.



Por: Rodrigo Barros 

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