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sexta-feira, 6 de março de 2020

GREVE PROIBIDA

Justiça proíbe rodoviários de realizar novos atos que atrapalhem a mobilidade urbana

Paralisação de rodoviáriosFoto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco


A decisão foi tomada nesta quinta-feira (5) pela desembargadora Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região

Uma decisão judicial emitida nesta quinta-feira (5) determina que o Sindicato dos Rodoviários deve se abster de realizar atos, reuniões ou piquetes junto às garagens e terminais de transporte ou impedir a efetiva circulação dos ônibus nas vias públicas.
A ação entra em curso após dois dias paralisação de rodoviários das empresas Caxangá, na quarta-feira (4), e Metropolitana, na quinta-feira (5), na frente das garagens das empresas em Peixinhos, Olinda e no Barro, Recife, para a realização de assembleias. Os profissionais se queixam do acúmulo da dupla função, reivindicam a readmissão dos profissionais afastados e discutem o reajuste salarial da classe.
Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) a decisão foi da desembargadora Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino, do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-PE) e autoriza o uso de Força Pública em caso de descumprimento da ordem.
De acordo com o sindicato dos transportes, apesar dos rodoviários reivindicarem contra o acumulo da função, a decisão foi aprovada em conjunto. “A Urbana-PE esclarece que a mudança no procedimento de embarque acompanha uma tendência mundial de modernização dos serviços de transporte, e que a alteração foi negociada e aprovada pelos próprios rodoviários, na convenção coletiva da categoria”, afirma.
A empresa ainda explica que há preparação dos motoristas para executarem mais de uma função. “Reforçamos que os cobradores das linhas que receberam a alteração estão sendo capacitados e aproveitados em outras funções, isto é, a mudança repercutiu em promoções e ganhos reais para os operadores.”
De acordo com Aldo Lima, Presidente do Sindicado dos Rodoviários, ele entrou em contato com a assessoria jurídica para recorrer a ação. “Na minha ótica, essa liminar é um absurdo. Ela tira do trabalhador o direito de se organizar, se manifestar e fazer assembleias”.
Devido a liminar, inicialmente, as reuniões em garagens serão suspensas e a forma de atuação será rediscutida. “Nós não vamos recuar, vamos nos organizar”, contou Aldo. Sobre o negociação entre Urbana-PE e a aceitação dos rodoviários sobre dupla função, o sindicato afirma que não existe nenhuma assinatura em assembleia que prove este acordo e que ficou provado por unanimidade tanto nas assembleias gerais como em garagens que isso não existe.
Na próxima quarta-feira (11), o Sindicato dos Rodoviários terá uma reunião com o Governo do Estado para discutir a dupla função. “Não há nenhuma característica de avanço. Apesar de alegarem que é uma tendência mundial, ela é um retrocesso em questão de segurança, economia e número de empregos”. 
Por: Letícya Fulco

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