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quinta-feira, 14 de maio de 2020

DEIXANDO O CARGO

Chefe da OMC, Roberto Azevêdo, deixará o cargo no final de agosto

Azevêdo não completará seu 2º mandatoFoto: Antonio Cruz/Agência Brasil


O brasileiro alegou questões familiares

A renúncia do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o brasileiro Roberto Azevêdo, caiu como uma bomba nesta quinta-feira (14), em meio a uma pandemia de coronavírus que desencadeou uma crise global. Azevêdo anunciou que deixará suas funções em 30 de agosto, um ano antes de terminar seu segundo mandato, e garantiu que não tem aspirações políticas.

"É uma decisão pessoal, uma decisão familiar, e estou convencido de que essa decisão serve aos interesses desta organização da melhor maneira possível", afirmou ele em uma videoconferência com membros da OMC.

A partida prematura do brasileiro ocorre no pior momento da economia mundial desde a Grande Depressão, na década de 1930. O comércio internacional é seriamente afetado pela pandemia de coronavírus, que causou o colapso da produção e acabou confinando mais de dois terços da humanidade.


A OMC atravessa uma profunda crise há meses, desde que os Estados Unidos se opuseram em 11 de dezembro à renovação do órgão de apelação em disputas comerciais. Os países membros recorrem a um órgão de resolução de disputas quando têm um litígio comercial entre si. Os processos de resolução são muito longos, geralmente duram anos, e o órgão de apelação é o que geralmente acaba resolvendo.

A renúncia de Azevêdo "acontece em um momento ruim para a instituição", estimou Sébastien Jean, diretor do Centro de Estudos Prospectivos e Informações Internacionais.

"O sistema comercial está profundamente desestabilizado por tensões anteriores, em particular as duras críticas feitas pelo presidente dos Estados Unidos, as múltiplas violações de acordos, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e a paralisia do órgão de apelação. Sem esquecer as medidas adotadas em resposta à crise sanitária, em particular as diversas e variadas restrições às exportações", explicou à AFP.



Por: AFP 

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