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quinta-feira, 7 de maio de 2020

NÁUTICO - PRATA DA CASA

Inspiração em Thiago e sangue timbu: conheça Juninho Carpina, 'grande ativo do Náutico'

Juninho Carpina estrou no profissional do Náutico nesta temporada (Foto: Yago Mendes/DP)


Aos 20 anos, o meia é considerado uma das principais promessas da atual geração da base alvirrubra e já começa a ganhar espaço no profissional


Com passos calmos e ainda meio tímidos, o jovem meia José Roberto da Silva Lima Júnior, ou simplesmente Juninho Carpina, caminha pelos Aflitos e olha a grandiosidade do estádio como quem contempla um monumento. Antes acostumado a sentar-se na arquibancada e empurrar o Náutico a plenos pulmões, o agora jogador vê no gramado a oportunidade de seguir a trajetória de um ex-companheiro da base, o atacante Thiago, que também foi dispensado da base do rival Sport e encontrou no Alvirrubro o colo e a oportunidade para dar os primeiros vôos no futebol profissional. 

E a expectativa sobre o jovem de apenas 20 anos é bem grande. Apesar de ter feito apenas um jogo pela equipe profissional do Náutico, o meia é considerado pelo vice-presidente de futebol, Diógenes Braga, um dos grandes ativos do clube, que tem focado, nos últimos anos, o investimento no desenvolvimento de jogadores da base e o subsequente lucro em suas negociações, como foram os casos de Luiz Henrique, Robinho e do próprio Thiago, em 2019. 

“A trajetória dele (Thiago) é um espelho para mim. Quando ele chegou ao clube, eu já estava no Náutico. Ele foi contando a história dele e eu vi que era muito parecida com a minha. Ele não teve tantas oportunidades no Sport - como eu - e conseguiu se destacar pelo Náutico. Hoje, está em um grande clube, que é o Flamengo e eu me inspiro muito nisso para que daqui a alguns meses ou anos, eu possa estar seguindo os passos que ele trilhou para dar seguimento a minha carreira”, disse Carpina sobre os ex-companheiro. 

“Meu pai é alvirrubro e me trazia para Recife para ver os jogos nos Aflitos. Inclusive, eu me lembro de um jogo que eu estava na arquibancada e foi histórico. Foi quando o Náutico venceu e rebaixou o Sport com um gol de Araújo. Sempre fui torcedor do Náutico e isso não nego para ninguém. Era o sonho do meu pai que eu jogasse aqui. Tanto que no gol, acho que muita gente viu, eu fiz a reverência que é e sempre será para ele”, contou.

Nascido e criado em Carpina, cidade que fica a 51 quilômetros da capital pernambucana, o jogador começou sua carreira esportiva aos sete anos de idade, fazendo escolinha por iniciativa do pai, que é alvirrubro. Aos 13 anos, idade em que precisou escolher entre o futebol de campo, o society e o futsal, fez a opção pelo primeiro e acabou indo jogando por quatro anos com a camisa rubro-negra até ser dispensado e foi aí que o Náutico, time do qual é torcedor declarado, apareceu na sua vida profissional.  

“Eu comecei jogando em um society lá em Carpina, fazendo escolinha com sete anos de idade e no decorrer desse tempo, disputando amistosos e jogos, fui criando um laço com o futebol. Joguei no futsal, no society e no campo, mas quando cheguei aos 13 anos, precisei decidir. Como meu sonho sempre foi o campo, que é o que os jogadores preferem hoje em dia, eu comecei a jogar no Sport. Fui do sub-13 até o sub-17, onde fui campeão pernambucano duas vezes, sendo artilheiro, joguei Copa do Nordeste e aí, em 2017, por alguns problemas internos, da diretoria e do treinador, preferiram me tirar de lá. Até hoje me perguntam o porquê e eu não consigo entender.”

“Depois tive a oportunidade de vir para o Náutico. Eu tive outras propostas na época, de ir para o Figueirense ou times internacionais, mas eu sabia que no Náutico é onde eu teria mais oportunidades. Sempre fui torcedor do Náutico e isso não nego para ninguém, vinha sempre nos Aflitos assistir os jogos e era o sonho do meu pai que eu jogasse aqui. Tanto que no gol, acho que muita gente viu, eu fiz a reverência que é e sempre será para ele”, completou.   

Principal incentivador da carreira profissional, o pai do jogador tem o papel de ser o responsável por despertar o carinho de Juninho Carpina pelo alvirrubro. “Meu pai é alvirrubro e foi ele que me ensinou. Me trazia para Recife para ver os jogos nos Aflitos, inclusive, eu me lembro de um jogo que eu estava aqui e foi histórico, quando o Náutico venceu e rebaixou o Sport com um gol de Araújo e eu estava presente. São jogos assim, que me marcaram como torcedor e, hoje, poder estar jogando aqui e depois de ter marcado gol na estreia é bom demais.” 

A cidade e o mundo

Alcunhado e conhecido nos bastidores do clube como Carpina, o jovem meia conta que o motivo de usar o nome da cidade como apelido remonta ao orgulho que possui de suas raízes e que isso o relembra das dificuldades que passou, juntamente com sua família, até se profissionalizar no Náutico.

“Todo mundo sabe que Carpina não é tão perto e por isso vem a gasolina, vem a passagem para jogar fora, e foi ele junto com outros familiares que me proporcionaram isso. É um orgulho para mim e para a minha cidade saber que tem um atleta que está jogando e se destacando em um gigante brasileiro, que é o Náutico, então eles ficam muito orgulhosos e eu ainda mais”, contou. 

Mas o sonho de levar o nome da cidade na Zona da Mata não para por aí. Carpina coloca que a estreia com gol como profissional foi um sonho, porém, ele almeja vôos mais altos. O meia coloca que seu foco é se consolidar como titular no Náutico e que pensa em um dia chegar em um grande clube da Europa e até mesmo na Seleção. 

“Foi um sonho realizado estrear nos Aflitos e ainda mais fazendo gol. Agora, eu começo a viver o sonho que acho que é o de 99,9% dos jogadores que é ir para a Europa. Quero ter uma oportunidade lá, mas se surgir alguma coisa em um dos grandes clubes do Brasil e vermos que é uma boa porta, seria uma alternativa. Tenho minhas preferências, mas o que eu quero para hoje é conseguir jogar e me consolidar no time. Acredito que as coisas vão acontecer naturalmente e quem sabe se daqui a pouco não aparece uma proposta que seja boa para mim e pro Náutico e, a partir disso, nós pensamos em Europa e Seleção Brasileira, que é o sonho de toda criança.”

DP

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