NÁUTICO - RECEITA DIMINUÍDA

Por pandemia, grupo de apoiadores do Náutico reduz pela metade ajuda financeira ao clube

Atualmente, são 22 alvirrubros ajudando; número já chegou a 55 (Foto: Paulo Paiva/ DP Foto)

Grupo de alvirrubros que vem colaborando com a gestão do presidente Edno Melo desde 2018, doou apenas R$ 30 mil nos últimos meses

As perdas de receitas dos clubes com a pandemia do novo coronavírus são das mais variadas, indo desde suspensão no repasse de parte das cotas de televisão, passando por corte de patrocínios, queda de arrecadação de sócios e obviamente bilheteria, com a paralisação dos campeonatos. No Náutico, essa diminuição atingiu também outra fonte de renda.  

Isso porque, segundo apurou a reportagem do Diario de Pernambuco, a ajuda de um grupo de apoiadores alvirrubros, que vem colaborando com a gestão do presidente Edno Melo desde 2018, caiu pela metade desde o início da pandemia. Tanto em número de voluntários, quanto em arrecadação. Com a perspectiva de uma retração ainda maior nos próximos meses, por conta da economia fragilizada do País, com a curva epidemiológica da Covid-19 no Brasil ainda ascendente. 

No mês de março, quando a pandemia ainda estava em seu estágio inicial, o grupo de colaboradores contribuiu com aproximadamente R$ 30 mil na folha do futebol profissional do clube, metade do valor arrecadado nos dois primeiros meses do ano. Mesmo assim, o suficiente para ajudar a manter os salários em dia com o elenco timbu.

Para maio, a previsão é de uma queda ainda maior, oscilando para pouco mais de R$ 20 mil. Porém, segundo a fonte ouvida pelo DP, esse deve ser o “colchão’ mínimo de arrecadação, não havendo perspectiva de que se zere essa ajuda. É bom ressaltar que todo o dinheiro entra no orçamento do Náutico como “doação”, não havendo previsão de resgate mais a frente.

Vale lembrar que esse grupo de apoiadores foi responsável pela contratação, em 2018, do atacante Ortigoza, que se tornou peça fundamental na conquista do Campeonato Pernambucano daquele ano, tirando o Náutico de uma fila de 14 anos sem títulos. Esse momento foi o “auge” da colaboração do grupo, com uma injeção financeira de aproximadamente R$ 100 mil por mês.

A ajuda se manteve em 2019 e em 2020, mas sendo incorporada ao orçamento geral do clube, como uma espécie de “poupança” para ser usada caso necessário, e em um valor reduzido, girando em torno de R$ 60 mil por mês.

Esse dinheiro, por exemplo, pagou todas as premiações oferecida ao elenco na campanha do título da Série C, no ano passado. Esse ano, essa verba deu o lastro necessário para que a diretoria conseguisse contratar o ídolo Kieza, junto ao Fortaleza. O salário do atacante é de R$ 100 mil, o maior do elenco atual. 

No momento, 22 alvirrubros do grupo seguem realizando colaborações financeiras com o clube. Esse número chegou a ser de 55 pessoas.

DP