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quarta-feira, 27 de maio de 2020

SPORT - A BRIGA CONTINUA

Magrão vai recorrer após Sport conseguir suspensão do pagamento de acordo na Justiça

Após 14 anos, ídolo leonino deixou o clube em 2019 reclamando dívidas (Foto: Peu Ricardo/ DP Foto)


Segundo o advogado Leonardo Laporta, partes já haviam repactuado acordo; decisão judicial diz que Leão só volta a pagar 90 dias após retorno do futebol


A história do Sport e Magrão vai ganhar mais um capítulo na justiça. Após o clube ter chegado a um acerto amigável com o goleiro em abril para repactuar o pagamento das parcelas enquanto durar a pandemia do coronavírus, o Leão entrou com um novo pedido na 10ª Vara do Trabalho do Recife para apenas voltar a pagar os débitos junto ao ídolo rubro-negro 120 dias após a volta do futebol, sob a justificativa da diminuição de receitas pela inexistência de jogos, cancelando, assim, o acordo firmado no mês passado.

E esta solicitação foi aceita pela juíza substituta Maria Carla Dourado de Brito Jurema, na última quinta-feira. Mas não completamente: a magistrada acatou a suspensão do pagamento por até 90 dias depois que as competições retornarem - algo que ainda não tem prazo para ocorrer. Ou seja, os parcelamentos estão paralisados de abril de 2020 até três meses após as partidas serem reiniciadas. No entanto, Magrão vai recorrer da decisão, de acordo com Leonardo Laporta, advogado do goleiro.
"Vamos entrar com as medidas cabíveis, questionando o deferimento dessa suspensão. Para que essa decisão de suspensão seja anulada e sejam retomados os pagamentos da repactuação: os quatro meses de forma diferenciada e voltando ao normal em agosto", disse em entrevista à Rádio Transamérica. “Esta semana ainda entraremos com uma medida judicial questionando isso perante o tribunal”.

Em junho do ano passado, Magrão colocou o Sport na justiça pedindo rescisão indireta por conta de dívidas em atraso, mas logo em seguida ambas as partes acordaram de quitar o débito de R$ 1.875.000,00 em 44 parcelas de R$ 42.613,66. Por conta do surto de saúde vivido no Brasil atualmente, goleiro e clube repactuaram, em abril, os termos contratuais, com o Leão pagando apenas 50% das parcelas de maio e julho, além de adiar as parcelas de abril e junho para 2023 - assim, a equipe rubro-negra teria uma economia de R$ 128 mil neste recorte.

"Aceitamos uma suspensão parcial e no mês de pagar 50% apenas (maio) é aceita (pela justiça) uma suspensão por mais 90 dias após a retomada do futebol sob a alegação que vai ter enorme prejuízo para o clube. O clube sabe das obrigações dele e, dentro das obrigações, tem um acordo transitado em julgado".

"Magrão tem os compromissos dele também. Então na verdade isso vai ter um efeito cascata. O Sport satisfaz o interesse dele e prejudica um terceiro. Não podemos perder de vista que o que Magrão deixou de receber é questão salarial, verba proveniente de trabalho. Magrão tem as obrigações dele e hoje sobrevive desse valor. Obviamente ele tem uma situação diferenciada, mas tem os compromissos dele", finalizou Laporta.

Despacho da juíza na última quinta-feira
Ao aceitar o pedido rubro-negro, a magistrada disse compreender o cenário do futebol no País e, especialmente, do Sport. “É do conhecimento de todos a situação pela qual passam os clubes de futebol do Brasil, e do reclamado em especial, que além dos problemas comuns advindos da pandemia, ainda tem que responder pela falta de pagamento com o Sporting-POR”, disse.  “O sufocamento econômico do clube poderá levar à demissão de outros atletas e demais funcionários”, concluiu a  juíza no despacho. Confira a íntegra abaixo.


DP

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