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domingo, 3 de maio de 2020

SPORT - CAMPANHAS NO BRASILEIRO

No fim de semana que o Brasileiro começaria, relembre campanhas marcantes do Sport

Elenco rubro-negro na temporada de 1987 (Foto: Arquivo DP)


Leão da Ilha teve mau início de temporada neste ano de 2020, mas bons desempenhos do passado podem servir de inspiração para o atual elenco


Nessa sexta-feira, os jogadores do Sport retornaram de um período de férias oficiais, mas seguem afastados dos treinamentos devido às medidas de isolamento social tomadas no combate à pandemia da Covid-19. Com a paralisação, o Leão já não entra em campo desde 15 de março, quando, pela Copa do Nordeste, foi derrotado pelo Ceará, que neste final de semana, em condições normais, seria seu adversário na estreia do Campeonato Brasileiro. Com isso, relembramos algumas das campanhas mais marcantes do clube no torneio.

1987: Copa União

Em uma disputa que até hoje causa polêmica, o Brasileiro de 1987 foi dividido em quatro módulos, com o Sport disposto no Módulo Amarelo. O formato atípico surgiu em um processo do qual nasceu o Clube dos 13, que o próprio Sport viria a participar, anos mais tarde. Aquela edição do nacional começou em setembro, e a estreia rubro-negra foi em um empate em 1 a 1 com o Atlhetico, e, dali, engatou uma sequência de vitórias contra Guarani, Criciúma e Joinville.

A disputa do Módulo Amarelo era composta por 16 times, divididos em dois grupos de oito, com o vencedor de cada turno nas chaves se classificando às semifinais. De maneira invicta, com cinco vitórias, três empates e apenas dois gols sofridos, o Leão venceu o primeiro turno do Grupo B, que tinha jogos contra as equipes do outro grupo. Enfrentando os times da mesma chave, foram quatro vitórias, um empate e uma derrota, para o Bangu, e, mais uma vez, a liderança.

Por ganhas as duas etapas, o Sport foi a semifinal com a vantagem do empate, o que foi fundamental em uma época que o saldo de gols não contava no mata-mata. Depois de uma derrota para o Bangu por 3 a 2 em Moça Bonita, o Rubro-Negro bateu os cariocas por 3 a 1 na Ilha do Retiro e foi a final do Módulo Amarelo. Na final, 2 a 0 para o Guarani no Brinco de Ouro, devolvida com um 3 a 0 na Ilha, com gols de Nando (2x) e Macaé.

Nos pênaltis, com 24 cobranças e empate em 11 a 11, os clubes decidiram finalizar a disputa. A CBF, especulou um terceiro jogo, mas optou por dar o título ao Sport, pela melhor campanha. Dali, os dois finalistas se juntariam a Flamengo e Internacional, campeão e vice do Módulo Verde, em confrontos de um quadrangular que nunca aconteceu pela recusa de cariocas e gaúchos, vistos pelo Clube dos 13 como campeões.

Disputado em janeiro, o quadrangular registrou quatro vitórias de Sport e Guarani por W.O., dado às desistências de Flamengo e Internacional, transformando os novos confrontos entre Leão e Bugre em uma espécie de final. No primeiro jogo, em Campinas, empate em 1 a 1, com Betão abrindo o placar para o Sport e Catatau, de pênalti, empatando. Em 7 de fevereiro, Marco Antônio marcou o gol solitário do Leão no jogo de volta, selando o primeiro título nacional do clube.

2000: Copa João Havelange

Mais uma vez, o Campeonato Brasileiro era envolto de polêmicas, desta vez envolvendo o Gama/DF, e a condução do nacional era cedida ao Clube dos 13 devido a impedimentos judiciais da CBF. Novamente disputa em módulos e cruzamento para a definição do título nacional. O Sport, dessa vez, ocupava o Módulo Azul, ao lado dos principais clubes do país. Começando em maio, o Sport estreou com uma vitória fora por 2 a 0 sobre o Vasco da Gama, que se sagraria como campeão nacional.

Com uma campanhas de muitos gols e poucas derrotas, o Sport foi vencido apenas na sexta rodada e não poupou o ataque mesmo nessa partida, derrota por 4 a 3 para o Vitória. Mais de três gols por jogo, inclusive, foi algo constante no clube, com vitórias por 4 a 1 sobre o Atlhetico; 4 a 3 sobre o São Paulo; 3 a 0 sobre Bahia, Santa Cruz e Gama;  3 a 1 sobre o Corinthians; 3 a 2 sobre o Fluminense; e um sonoro 6 a 0 sobre o Atlético/MG em pleno Mineirão, com cinco gols de Leonardo, na maior goleada do clube no Brasileirão.

Ao final, com 12 vitórias, seis empates e seis derrotas, o Sport foi o segundo colocado do Módulo Azul, atrás apenas do Cruzeiro, que fez três pontos a mais que o Leão. Os 46 gols marcados pelo Sport só foram superados pelos 49 da Ponte Preta, com Cruzeiro e São Paulo tendo o mesmo número leonino. A defesa também foi a segunda menos vazada, ao lado da Raposa Mineira, com 27 gols cedidos, dois a mais que o Internacional.

Para a decisão do título, 12 times do Módulo Azul, três do Amarelo e um do Verde e Branco, se enfrentariam em confrontos eliminatórias a partir das oitavas de final. Com o segundo melhor ranking da fase dos módulos, o Sport começou a disputa enfrentando o Remo, terceiro colocado do Amarelo. No primeiro jogo, no Baenão, 2 a 1 para o Sport, com gols de Sidnei e Marquinhos. Na volta, vitória por 1 a 0, com gol de Leomar.

Nas quartas de final, o confronto leonino seria contra o poderoso Grêmio, do tetracampeão Zinho e dos pentacampeões Anderson Polga e Ronaldinho Gaúcho. No Olímpico Monumental, vitória gaúcha por 2 a 1, com Taílson marcando para o Leão. Na Ilha, empate em 1 a 1, com Adriano marcando o tento leonino. Curiosamente, os três gols tricolores foram de Ronaldinho. Com a melhor campanha dos eliminados nas quartas e terceira melhor pontuação geral, o Sport fechou o campeonato na quinta colocação.

2015: Pontos corridos


Lembrança ainda muito vívida na memória dos rubro-negros, o Campeonato Brasileiro de 2015 foi a melhor participação do Sport na era de pontos corridos do nacional, iniciada em 2003. Com Diego Souza marcando dois gols de pênalti, o Leão largou no torneio com uma vitória por 4 a 1 sobre o Figueirense, em maio, já assumindo a ponta da tabela, que voltaria a frequentar em outras quatro oportunidades, até a décima rodada.

Ganhando todas as partidas em casa e empatando todos os jogos fora, o Sport seguiu invicto até a 12ª rodada daquele Brasileiro, quando foi derrotado por 2 a 1 para o Atlético/MG. O resultado, porém, não atrapalhou o desempenho do time, que engatou mais cinco jogos sem derrotas. Ao final do primeiro turno, o time, já em fase descendente era sétimo colocado com 54,4% de aproveitamento.

Com um problema constante com o mês de agosto, o Sport engatou uma fase de 10 jogos sem vitória no torneio, reencontrando um triunfo apenas na 25ª rodada, contra o Fluminense, com gol solitário de Danilo Barcelos. Ainda instável, o Leão só veio se recuperar na 30ª rodada, quando reiniciou uma sequência de vitórias, superando Avaí, Atlético/MG e Palmeiras, na primeira vitória fora de casa no torneio.

Revezando vitórias e derrotas até a rodada final, o Sport conseguiu finalizar aquele Brasileirão na sexta colocação, exatamente no último ano em que essa posição não rendia uma vaga na Copa Libertadores da América. Com 15 vitórias, 14 empates e nove derrotas e aproveitamento de 52%, o Leão foi a segunda equipe que menos perdeu e a primeira no número de empates no torneio.

DP

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