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quarta-feira, 3 de junho de 2020

OLIMPÍADA DO TERROR

Brasil tem novos recordes de casos e óbitos pela Covid-19

CoronavírusFoto: Divulgação


País passou dos 30 mil óbitos relacionados à doença e tem, no momento, mais de 300 mil casos ativos

O Brasil bateu, nesta terça-feira (2), o seu recorde diário de novos casos e óbitos relacionados à Covid-19. Foram 28.936 diagnósticos positivos e 1.262 confirmações de morte pela doença - o recorde anterior era de 1.188 novas mortes, registrado em 21 de maio, dia em que o Brasil passou a marca de 20 mil óbitos.

Assim, o número total de pessoas oficialmente expostas ao novo coronavírus no País saltou para 555.383 e o de vítimas fatais chegou a 31.199. Há ainda outras 4.312 mortes com quadros suspeitos da Covid-19 em investigação. O Ministério da Saúde estima ainda que 223.638 pessoas (40,3%) já tenham se recuperado da doença e que outros 300.546 (54,1%) pacientes sejam casos ativo em acompanhamento.

Os dados listados pela pasta, no entanto, não atualizaram a situação do Pará, que tem 1.140 casos e 70 mortes a mais do que o apresentado no balanço oficial. Isso faria os números nacionais passarem para 30.076 novos casos e 1.332 mortes. 


Boletim do Ministério da Saúde do dia 2 de junho - Crédito: Divulgação/Ministério da Saúde


Segundo afirmou nesta terça-feira o diretor de doenças infecciosas da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), Marcos Espinal, o crescimento constante de casos de coronavírus e mortes no Brasil é muito preocupante e é difícil dizer que essa alta vai ser contida nas próximas semanas se não forem tomadas medidas de distanciamento e ampliada a capacidade de testes no País.

O governo Bolsonaro completou, nesta terça, 18 dias sem ministro da Saúde em meio à pandemia. O titular anterior da pasta, Nelson Teich, não completou um mês no cargo, depois de ter substituído Luiz Henrique Mandetta, demitido em 16 de abril. A secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, protagonista nos trabalhos relacionados a doenças infecciosas, também está sem titular. A vaga que era de Wanderson de Oliveira, que deixou a pasta, entrou nas negociações de cargos do governo com parlamentares do centrão.

Em entrevista no Palácio do Planalto nesta terça, o secretário-executivo substituto da pasta, coronel Élcio Franco, minimizou as lacunas. "Todas as funções do ministério têm nomeados eventuais substitutos, então isso não faz a máquina parar de funcionar, ela continua girando", disse. O general Eduardo Pazzuelo responde como ministro interino.

O Ministério da Saúde também afirmou nesta terça que o governo federal já repassou a estados e municípios R$ 7,7 bilhões pra o enfrentamento da Covid-19. A pasta afirma que, até agora, conseguiu comprar e entregar 2.651 respiradores para as secretarias de Saúde do País. Os equipamentos chegaram a 22 estados. O número de equipamentos atende ao planejamento anunciado pelo governo para o mês de maio, mas quase 40% dos desses ventiladores (1.039) chegaram aos estados somente entre sexta-feira (29) e segunda-feira (1º).

Em abril, o o governo Bolsonaro anunciou a compra de 14.100 respiradores, com entregas previstas para ocorrer a partir de maio e se estender por 90 dias. Questionado sobre os planos de entrega, Franco não quis dar detalhes. "Temos dificuldades logísticas, não podemos gerar expectativa, mas estamos com todo esforço possível para aquisição de novos respiradores atendendo demandas de estados e municípios", disse ele.

Na apresentação dos dados à imprensa, a pasta fez questão de ressaltar que a compra desses equipamentos é de responsabilidade dos governos locais e que o Ministério da Saúde realiza um esforço de apoio. Do total de equipamentos, 1.486 são respiradores de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 1.165 de transporte, usados em ambulâncias.

Ainda sobre o apoio aos sistemas de saúde, a pasta informou que investiu R$ 1 bilhão para a habilitação de 7.441 leitos de UTI pelo país. Entre os dias 20 e 28 de maio foram habilitados 1.299 leitos (17% do total anunciado). Franco disse que a pasta identifica o avanço da pandemia, que segue para cidades do interior, mas não defendeu restrições de circulação como forma de conter as infecções. Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem criticado as medidas de isolamento.

"Essa flexibilização ou não das medidas de distanciamento ocorre de acordo com a realidade local, com aspectos sociais, econômicos e culturais", disse Franco. "Cabe aos gestores estaduais e municipais a implementação dessas medidas.” O governo Jair Bolsonaro também anunciou nesta terça a criação de uma plataforma digital para "dar match" entre profissionais de saúde e hospitais, clínicas e postos de atendimento.  



Por: Portal FolhaPE e Folhapress

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