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segunda-feira, 22 de junho de 2020

REABERTURA DOS SHOPPINGS

Shoppings reabrem nesta segunda-feira com cautela e sem festa







Após mais de 90 dias fechados, os shoppings da Região Metropolitana do Recife (RMR) vão retomar as atividades presenciais de forma gradual a partir de hoje, em horário reduzido, das 12h às 20h. Antes com o atendimen­to por meio de vendas online e retirada dos pedidos nos estacionamentos, uma nova realidade chega para o segmento. Agora, o controle de acesso, medidas de higiene e restrições na quantidade de pessoas nas lojas, são algumas das obrigações que deverão ser seguidas. 
 
A reabertura dos centros de compras faz parte da fase 4.4 do Plano de Convivência com a Covid-19, do Governo de Pernambuco. Nesta etapa, as demais lojas do varejo de rua também voltam a funcionar, das 9h às 18h, horário já determinado para os estabelecimentos com até 200 metros quadrados, que retornaram na última semana. A construção civil, que estava operando com 50% da sua carga desde o dia 8, passa a funcionar com 100% do efetivo em todo o Estado. 
 
Os shoppings centers só não reabrirão nos 85 municípios da Zona da Mata e Agreste que ainda apresentam alta incidência da Covid-19. Na RMR, os empreendimentos retornarão as atividades com apenas 30% da sua capacidade, permitindo apenas um cliente para cada 10 metros quadrados de área de circulação. Já nas lojas, a regra é de 20 metros quadrados para cada cliente. As praças de alimentação permanecem por delivery ou retirada no local, como era feito anteriormente. As lojas seguem o protocolo do comércio de varejo de rua, que entrou em vigor na última semana. 
De acordo com a secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Maíra Fischer, os shoppings vão seguir um protocolo específico e as lojas, outro diferente. Ela ressalta a importância de a reabertura ser por etapas. “A ideia é fazer de forma gradual, e isso implica no funcionamento. De início vão entrar com horário diferenciado, com quantidade de pessoas controladas. O uso da máscara será obrigatório e não poderão funcionar o vallet parking, distribuição de carrinho, tudo isso para evitar contaminação. Nas lojas é preciso disponibilizar álcool em gel e seguir os protocolos do varejo”, afirmou. 
 
De acordo com o presidente da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), Paulo Carneiro, o segmento adotou além do protocolo do Governo do Estado, recomendações da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). “Foram 93 dias fechados e reabrimos com um horário reduzido nas lojas. Mas alguns departamentos, como bancos, clínicas e lotéricas, abrirão mais cedo. Adotamos um protocolo baseado no Hospital Sírio Libanês, vai haver um reforço da higiene nesse momento. Abrindo agora ainda dá pra salvar algo, é um passo e esperamos lucrar algo ainda com o São João, afinal os shoppings estão prontos para atender todos”, pontuou. 
 
No Shopping Recife, a expectativa é positiva e a superintendente do centro de compras, Danielle Viana, diz que as medidas são preventivas e devem ser seguidas. “A expectativa existe, afinal são 90 dias fechados. Essa volta tem que ser norteada pelas medidas de segurança, o foco é a segurança dos clientes, colaboradores, lojistas, e temos a consciência disso tudo”, disse. 
 
A gerente de marketing do RioMar Shopping, Denielly Halinsky, afirma que no shopping as medidas foram pensadas antes mesmo desse momento chegar. “O RioMar está preparado, estamos trabalhando nos bastidores. Para o cliente vai ser uma experiência mais segura, desde a hora que chegar no estacionamento até os corredores”, destacou. 
 
O Shopping Guararapes observa a reabertura antes do São João como sendo importante. “A ansiedade estava grande por nossa parte e dos lojistas, foi boa essa antecipação. Temos que seguir as regras para evitar a propagação, esperamos que o consumo seja superado”, disse o superintendente Newton Souza.  
 
A superintendente do Shopping Tacaruna, Sandra Arruda, afirma que o uso da máscara de forma correta será verificado como algo primordial pelo mall. “A expectativa é grande, é um ótimo recomeço. Precisamos de cautela e responsabilidade nessa nova rotina, não será um momento de abertura e de festa. Estaremos atentos à questão das máscaras e priorizando todo o protocolo”, contou. 
 
O Plaza Shopping adota uma novidade para essa reabertura gradual, criando um canal de comunicação com os clientes, o Plazapp, por meio do número (81) 9 9600-1133. O objetivo é gerar mais praticidade, como conta a superintendente Zuleica Lira. “Nosso objetivo foi alinhar o nosso compromisso com medidas de segurança e de higiene, que serão redobradas para garantir a saúde dos colaboradores e dos clientes”, disse. 
 
No Paulista North Way Shopping, o superintendente Marco Motta aponta que a divisão das quatro entradas do mall serão divididas. “O shopping possui quatro entradas, durante o retorno utilizaremos apenas três. Uma exclusiva para a Caixa Econômica Federal, e outras duas para ida e vinda do cliente. Queremos mostrar aos nossos clientes que contamos com um ambiente seguro” pontuou.
 
Cuidados
A volta aos shoppings exigirá um cuidado maior por parte do consumi­dor. Especialistas apontam quais medidas de prevenção devem ser tomadas para minimizar a possibilidade de contágio pe­lo novo coronavírus. 
 
O infectologista da Interne Soluções em Saúde, Raphael Dos Anjos, recomenda como principal cuidado a ida ao shopping somente em caso de necessidade. “O principal conselho é só ir se for necessário. A máscara artesanal dura duas horas e, após esse tempo, deve ser trocada por uma limpa. Se for ao shopping, é bom ter uma noção de quanto tempo vai ficar e levar mais de uma máscara para trocar, se for necessário. Ao chegar em casa é bom também ter uma ‘área suja’, para higienizar os produtos e assim, guardar da forma correta”, aconselhou. 
 
De acordo com o médico infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Filipe Prohaska, é importante o cumprimento das regras pelos consumidores e pelos estabelecimentos, para que riscos sejam minimizados. “Tem todo um processo envolvido, afinal existirá um fluxo de pessoas nos locais e as informações devem ser claras para todos. A ideia é sempre minimizar os riscos, não tem como estar 100% protegido. É se prevenir usando máscara, evitar o contato com obje­tos, com estruturas metálicas, e não levar a mão ao olho”, recomendou. 
 
Prohaska aconselha ainda que os elevadores sejam destinados para pessoas com dificuldade de locomoção. “O elevador é um local crítico, é preciso deixar para quem precisa realmente utilizar, e a restrição nele deve ser ainda mais rígida. Esse é um momento que temos que ter paciência, pedir para que as pessoas obedeçam as informações, o distanciamento, higienização, e cobrar das lojas medidas de prevenção”. 

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