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quarta-feira, 1 de julho de 2020

PARALISAÇÃO NACIONAL

Entregadores de aplicativo da RMR aderem à paralisação nacional e se reúnem em Olinda




Após concentração, manifestantes seguirão para o Palácio Campo das Princesas.



Trabalhadores de aplicativos fazem paralisação nacional, nesta quarta-feira (1º), para reivindicar melhores condições de trabalho. Em Pernambuco, motoqueiros se reúnem em frente ao Centro de Convenções, em Olinda, e seguirão para o Palácio Campo das Princesas.
O presidente da AMP-PE, Rodrigo Lopes, afirma que o ato é um pedido de reconhecimento nacionalmente para a classe que provou a seu valor e importância neste período de pandemia da Covid-19."Queremos ser respeitados com melhorias de taxas, seguros, queremos a liberação do EPI's para classe. Nada mais justo que ser conhecida, ter direitos e deveres igual a outras classes como taxistas, PMs. A classe carregou a sociedade a e b nas costas", declarou Lopes.
Um grupo de entregadores de iFood, Rappi e Uber Eats relataram no local a rotina exaustiva e perigosa que vivem. Afirmam que chagam a trabalhar 12 horas por dia, adentrando o horário da madrugada. O motoqueiro Ângelo Mota disse que trabalha há 2 anos no aplicativo e o valor que recebe é o que sustenta sua família. "Chego a receber entre R$ 1.200, R$ 1.500 por mês e desse salário preciso cobrir a gasolina semanal e a manutenção da minha moto", explica.
Já o motoqueiro Jadson Taveira, aproveitou a ocasião para externar sua indignação contra donos de estabelecimentos. "E quando a gente vai pegar um pedido a gente escuta gracinha dos donos de restaurantes. Quando acontece um atraso de 50 minutos, 1 hora e ficamos esperando para sair. Sabe o que eles dizem na cara da gente? "Se não quiser, sai da corrida". Isso daí a gente não vai aceitar mais não", pontuou o trabalhador. "Se a gente não for unido nunca vamos levar a categoria da gente para frente. Não tem sindicato, não tem político, não tem nada. É a gente mesmo. Quando todos nós pararmos eles vão ver que não estamos de brincadeira e queremos nossos direitos", completou Taveira. 
Segundo informações da AMAP-PE, os entregadores trabalharam para receber R$ 2,50, R$ 3,50 por taxa de entrega. Os trabalhadores do setor de entrega são categorizados como microempreendedores, mas, quando vinculados a um aplicativo, eles precisam comprovar documentação, estabelecer vínculo com a empresa, bater metas de trabalho e prestar contas, como qualquer trabalho formal. Rodrigo ainda fala que a falta de um mecanismo que garanta uma maior segurança para o entregador também aflige toda a categoria. Além de trabalhar em um veículo vulnerável, o motofretista por aplicativo não tem segurança em caso de roubo, acidente ou doença.

Por Camila Souza

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