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sábado, 10 de outubro de 2020

ELEIÇÕES NO RECIFE

Primeiro round entre Patrícia Domingos e Marília Arraes

 

As candidatas à Prefeitura do Recife Marília Arraes e Patrícia Domingos militam em campos opostos, mas isso já não vinha impedindo que elas ensaissem uma polarização na disputa da Capital, via críticas mútuas. O enfrentamento, no entanto, que, até pouco tempo, soava mais tímido, parece ganhar contornos mais nítidos. Ontem, durante sabatina na Rádio Folha FM 96,7, Patrícia subiu o tom na direção da petista. A delegada já presidiu investigação contra Marília e, indagada se essa atuação na delegacia não deixaria arestas passíveis de se tornarem obstáculos no trato com os parlamentares, a exemplo da própria Marília, caso venha a se tornar prefeita do Recife, Patrícia devolveu: "Nós teremos um bom relacionamento com os parlamentares que não cometem crime. Dos parlamentares criminosos, a gente vai querer realmente uma distância muito grande. Não tenho compromisso com o erro". Patrícia prossegue: "São centenas de parlamentares no Congresso e aqueles que praticam crimes ou que agem de maneira imoral com o dinheiro público, realmente, serão pessoas que não terão contato com a gente, até porque elas próprias não vão querer". E, então, alfineta: "Reza a lenda que barata não gosta de baygon".

Quando o assunto foi uma crítica de Marília, feita em sabatina na Rádio Folha, sobre a proposta de Patrícia de retirar a Capital do Consórcio de Transportes, a delegada também endureceu a fala. Na referida ocasião, a petista ironizara: "Vai ver que ela não lembra da época da CTU, porque ela não estava aqui na época, né?! Veio do Rio de Janeiro, não sabe o histórico de como funcionava a cidade antes". Patrícia chamou o comentário da adversária de "vergonhoso", acusou xenofobia e citou caso de Miguel Arraes. "Primeiro, eu queria pontuar que é vergonhoso uma candidata se portar com comportamento de xenofobia em relação a outro e lembrar, a essa candidata, que o avô dela é cearense e que foi prefeito em nosso estado. Então, talvez ela ache que não foi positivo ou que foi muito ruim a gestão do próprio avô". Em relação à questão do transporte, a delegada acrescentou: "Mais uma vez eles apresentam desconhecimento do tema". No primeiro debate entre os candidatos, promovido pela UFPE, Marília já havia tachado a ideia de Patrícia para área de transportes de "promessa vazia". Embora Marília milite na esquerda, o eleitorado de Patrícia é considerado um "antissistema", indefinido, pulverizado e ainda com um componente de gênero. Talvez isso, em alguma medida, explique o fato de as duas virem intensificando o enfrentamento.

 Digital da CTU

Ainda na esteira da crítica de Marília Arraes a sua proposta, Patrícia Domingos registrou que o, então, presidente da CTU, quando o transporte era municipalizado, era o engenheiro de Transporte Ivan Carlos Cunha. "Hoje, ele é o engenheiro que está elaborando conosco nosso plano de mobilidade", sublinhou Patrícia.

PASSAGEM baixa > Ainda sobre esse projeto, Patrícia diz que estuda a possibilidade de redução da passagem para quem hoje utiliza apenas o transporte municipal.

DNA > A delegada afirmou haver dois candidatos disputando "paternidade de Lula". "Provavelmente, vai dar negativo para um e a outra está rasgando o resultado do DNA, está escondendo Lula". 

Certidão > No primeiro guia eleitoral, que foi ao ar ontem, Marília Arraes começou dizendo ser "nascida e criada no Recife" e Patrícia Domingos realçou ter nascido no Rio de Janeiro.

Por Renata Bezerra de Melo

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