GIF Patrocinador

GIF Patrocinador

sábado, 3 de outubro de 2020

SPORT - ARMA OFENSIVA

Conceito de Guardiola, 'ataque posicional' é a principal arma ofensiva no Sport de Jair Ventura

"O nosso time busca ter a posse de bola, mas uma posse de bola objetiva, um jogo mais vertical", aponta Jair (Foto: Anderson Stevens/Sport)



Ideia fez mudar o cenário do Sport de três gols em cinco jogos para oito nos últimos sete, em média superior a um gol por partida com Jair Ventura


Implementar um novo trabalho no futebol é sempre uma situação que apresenta dificuldades e os primeiros sinais de mudança vão aparecendo no decorrer das partidas. No caso do Sport, desde a chegada de Jair Ventura ao Sport, uma das características do treinador que já se tornou evidente é a melhoria no rendimento ofensivo, tanto nos números, quanto no posicionamento dos atletas.

A fonte de inspiração vem do conceito de ‘ataque posicional’, encampado por Pep Guardiola, um dos treinadores mais cultuados, hoje no comando do Manchester City, que em resumo se baseia na busca por "forçar a equipe adversária a permanecer na própria área, sem poder sair.” Ideia que fez mudar o cenário do Sport, que tinha três gols nos cinco primeiros jogos, para oito marcados nos últimos sete, em média superior a um gol por partida com Jair Ventura.

Segundo o analista de desempenho e criador da página Traduzindo o Tatiquês, Caio Gondo, o termo ‘ataque posicional’ chegou ao Brasil há cinco anos, através do livro “Guardiola Confidencial”, que trata a sua primeira temporada no comando do Bayern de Munique. No entanto, também considera possível apresentar origem na formação 2-3-5, característica dos primeiros anos do futebol.

“De forma mais próxima do conhecimento brasileiro, temos que um time quando ataca deve sempre procurar apresentar: amplitude ofensiva, profundidade ofensiva, jogo na entrelinha adversária, formações de triângulo de passe, opções para retorno e suporte ofensivo (cobertura). Como são diversos aspectos, a movimentação inteligente dos jogadores é essencial”, conceitua Caio Gondo.

“O nosso time busca ter a posse de bola, mas uma posse de bola objetiva, um jogo mais vertical. Não aquele toque entre zagueiros, goleiro, sem objetividade. Fizemos um levantamento e desde que nós chegamos fizemos oito gols. Quatro desses gols foram em ataque posicional e os outros quatro gols, de pênalti. Mas desses quatro de pênaltis, três foram construídos em organização ofensiva, em ataque posicional. Ou seja, nós temos a bola e a equipe adversária está marcando”, avaliou Jair Ventura.

Buscando um exemplo do próprio Sport para mostrar como funciona o conceito na prática, logo o primeiro gol da equipe sob o comando de Jair Ventura, marcado por Patric na vitória sobre o Grêmio, deixa evidentes os elementos apontados por Caio Gondo. A começar pela criação de ‘pequenas sociedades’, que são os agrupamentos de atletas em aproximação num espaço do campo, que proporciona uma possível triangulação.

Além disso, a importância de ter um atleta na cobertura do jogador que detém a bola como apoio ao controle da jogada, seja para receber a bola recuada em caso de aperto da marcação ou efetuar o primeiro combate se a posse for perdida. No caso do lance do gol, Betinho é o atleta responsável por essa função.

Ao fundo da imagem, o terceiro passo mostra o lateral Patric e mais um atleta provocando a ‘amplitude’,que em suma significa ocupar espaços lateralmente, mesmo distante de onde a bola é dominada. Movimentação que provoca aberturas entre as linhas de marcação adversária, como no ‘facão’ realizado por Patric em penetração diagonal para marcar o gol.

DP

Nenhum comentário:

Postar um comentário