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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

NÁUTICO - REPETINDO O TIME

Conservador, Hélio trabalha com 11 inicial definido; marca passa pelo preparo físico

Nas últimas partidas, Dos Anjos reservou as trocas técnicas ao ataque (Foto: Caio Falcão/CNC)



Embora entre em campo a cada três dias, time do Náutico sofre poucas mudanças com Hélio; característica passa pelo preparo dos atletas


Até a vitória contra o Cuiabá, nos Aflitos, na semana passada, o Náutico havia realizado, em pouco mais de três semanas, sete jogos: média de uma partida a cada três dias. Por conta do calendário apertado, treinadores Brasil afora, como Rogério Ceni, do Flamengo, e Jorge Sampaoli, do Atlético-MG, surfaram na tendência do ‘rodízio de elenco’, poupando o fator físico e aproveitando, ao máximo, as peças disponíveis em seus times. 

 Conservador na escolha dos atletas titulares, Hélio dos Anjos, um dos principais responsáveis pela retomada de confiança do Timbu, em suas ideias de jogo, vai de encontro à propensão dos treinadores que não estabelecem um 11 ideal. Nesta reta decisiva e repleta de jogos da Série B, para apostar na repetição, em especial no trio central, Rhaldney, Djavan e Jean Carlos - que entraram juntos entre os titulares nas últimas nove partidas -, o técnico mineiro obtém a ajuda de um trabalho realizado por diversas mãos no CT Wilson Campos: que vai de pesquisas do departamento de fisiologia até os números levantados pelos analistas de desempenho do clube. 

O preparador físico do Náutico, Robson Gomes, falou sobre os desafios e sucesso do trabalho realizado na prevenção da fadiga dos atletas alvirrubros neste mês repleto de compromissos e longas viagens pela Segundona. “Em 39 dias, fizemos 12 jogos. Um jogo a cada três dias. Nosso trabalho é de sensibilidade, flexibilidade e planejamento, porque os atletas que estão jogando precisam ser recuperados. Em conjunto com o departamento de fisiologia do clube e Hélio, nós otimizamos os jogadores ao treinamento. Se Rhaldney e Djavan, por exemplo, estão liberados para o treino e Jean Carlos não, o camisa 10 faz um treino paralelo com ganhos, mas não fará o mesmo trabalho que os outros dois”.

Ainda sobre o preparo físico dos jogadores, Robson, que chegou aos Aflitos junto ao ex-treinador Gilson Kleina, mas é um velho conhecido de Hélio - entre idas e vindas, trabalharam juntos em mais de 300 jogos, do futebol goiano à Seleção Saudita - fez um balanço do trabalho físico dos atletas e detalhou o que está por trás do desempenho do time, que, no terço central, repete a escalação titular há nove jogos.

“Hélio costuma trabalhar com o grupo principal, o qual ele não mexe, e o meu objetivo é de aumentar a minutagem dos jogadores que não estão atuando, o que gerou a homogeneidade do elenco. Acabamos de sair de um treino onde todos os 32 atletas estão em campo, o que nos dá um norte muito importante para a reta decisiva. Hoje, o profissional de educação física trabalha com estatísticas e números, visando facilitar o trabalho da comissão técnica e elevar a performance dos atletas, que se adaptaram rapidamente ao nosso estilo de trabalho”.

DP

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