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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

ELEIÇÕES NA CÂMARA

Lira vai desbancar Baleia


Na coluna de ontem adiantei que o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), já podia preparar a beca para sucedê-lo no comando da Casa, como candidato apoiado pelo Planalto. Hoje, a aposta é que o sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara será o alagoano Artur Lira (PP), que ontem passou pelo Recife tentando cabalar votos entre os 25 deputados que integram a bancada federal.

Na saída do encontro, Lira disse que a eleição será “de deputados “, e não de blocos ou partidos. “Essa eleição não é de líder, não é de bloco, não é de presidente de partido, essa eleição é de deputados. E os deputados sabem, conhecem e querem a mudança do que hoje acontece na Câmara dos Deputados”, afirmou. Lira afirmou que já ouviu de diversos chefes de partidos que suas bancadas apoiariam seu concorrente, Baleia Rossi (MDB-SP), mas que os deputados dessas bancadas não seguem a orientação.

Lira teria, hoje, um mínimo de 300 e um máximo de 320 votos, bem acima dos 257 necessários para liquidar a fatura logo no primeiro turno. Só na bancada de Pernambuco, dos 25 votos, o governista teria, hoje, 18. Já há quem aposte que Baleia Rossi (MDB), postulante da oposição, só teria na mesma bancada os votos dos deputados Renildo Calheiros (PCdoB), Fernando Bezerra Filho (DEM), Wolney Queiroz (PDT), Milton Coelho (PSB) e Luciano Bivar (PSL).

Na própria bancada do PSB, cujo partido faz oposição ao Governo no plano federal, Lira tem, hoje, o voto do dissidente Felipe Carreras e, provavelmente, de Danilo Cabral e Gonzaga Patriota. Posição incerta e não sabida são a dos petistas Marília Arraes e Carlos Veras. O PT fechou com Baleia Rossi, mas eles não simpatizam com o candidato. Acham que ele é muito mais governista do que Lira.

Em Brasília, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, reafirmou à repórter Hylda Cavalcanti, do Jornal de Brasília e colaboradora deste blog, que a determinação do partido é pelo voto no candidato do MDB. Como o voto é secreto, Siqueira, entretanto, não terá como saber quem traiu entre os 32 deputados que formam a bancada socialista.

Pau em Maia  

Durante a conversa com jornalistas no Recife, Lira criticou ainda a maneira como o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), conduz a Câmara. Disse que o “eu” foi fortalecido mais do que deveria e que será apenas um porta-voz da vontade da Câmara se for eleito. “O que sempre nós estamos ouvindo é que a Casa deve voltar a ser ‘nós somos a Câmara’ e não ‘eu sou a Câmara’. Hoje o ‘eu’ está exageradamente fortalecido em relação ao ‘nós’. Os deputados precisam ter voz.”


por Magno Martins

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