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quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

SUCESSÃO NO SENADO

 Pacheco deve suceder Alcolumbre

Indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sob as benções do presidente Bolsonaro, para disputar à Presidência da Casa, o senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) já pode, desde já, a preparar a beca da posse. Para atingir os 41 votos que garantem sua eleição no próximo dia 1 só faltam três votos. Sua contabilidade está em 38 votos com o anúncio fechado dos sete senadores do PP.

Na última semana, Pacheco fechou três apoios e se consolidou na dianteira da corrida eleitoral. Conta com a palavra de PSD (11), DEM (5), Pros (3), Republicanos (2) e PSC (1). Incrivelmente, ganhou até os votos da bancada do PT, partido de oposição frontal ao Governo. São mais seis votos no seu balaio, que deve ser recheado ainda mais ao longo desta e das próximas semanas.

Em eleição secreta, porém, sempre há surpresas por causa das traições de última hora, mas quem acompanha mais de perto o processo no Senado não tem dúvida em arriscar que Pacheco sucederá Alcolumbre. Já o MDB, maior bancada do Senado com 15 membros, confirmou, ontem, o nome de Simone Tebet (MDB-MS) como candidata da sigla à presidência da Casa.

O partido decidiu entre Tebet e Eduardo Braga (MDB-AM), líder da bancada. Tradicionalmente, o presidente do Senado é da maior bancada. Para que isso não ocorra, são necessárias condições muito específicas, como as vistas na eleição de Alcolumbre, em 2019. Na ocasião, o MDB rachou em torno de Renan Calheiros e Simone Tebet e acabou optando pelo senador alagoano. 

O MDB chegou a ter quatro postulantes a candidato da sigla e, por mais que pregue discurso de união na bancada, esse cenário pode não se concretizar até a eleição. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados o ambiente está mais carregado, incerto, com tendência para vitória do também governista Arthur Lira, do PP alagoano. Diferente, entretanto, do comportamento no Senado, o PT está do outro lado do balcão na eleição da Câmara, na oposição, mesmo não tendo ainda fechado e anunciado apoio ao deputado Baleia Rossi, do MDB de São Paulo.

Para bater o martelo em apoio a Baleia, o PT exige que o candidato assuma o compromisso público de que, eleito, abra o processo de instalação do impeachment do presidente Bolsonaro. Há muitos pedidos nesse sentido engavetados pelo atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu uma espécie de coordenação da campanha do adversário de Lira. Como não há um terceiro candidato, a menos que o PT decida caminhar em faixa própria, a eleição na Câmara tende a ser decidida em primeiro turno.

Razão do apoio 

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), justifica a escolha do partido de oposição à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pelo comando da Casa pela falta de opções. “Não temos condição de escolher um candidato de oposição ao Bolsonaro porque não tem”, afirmou. A decisão da bancada petista chama a atenção porque Pacheco, líder da bancada do DEM, é o concorrente que tem o aval do presidente Jair Bolsonaro. Na Câmara, o PT aderiu à campanha do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) ao comando da Casa justamente sob o argumento de que não poderia estar com o Governo.


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