Um guia para descobrir Pernambuco
O roteiro Bora Pernambucar - Agreste e Sertão está sendo lançado pela Secretaria de Turismo em parceria com a Folha
Você sabia que é possível fazer um passeio de balão em Bonito? E praticar voo livre, trilhas, além de outros esportes radicais em Taquaritinga do Norte e em Buíque? E comprar artesanatos, conhecer as belezas do Rio São Francisco, tudo isso sem sair de Pernambuco? Esses e outros roteiros de viagens você pode conferir no Guia Bora Pernambucar - Agreste e Sertão, que foi lançado neste fim de semana pela Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco em parceria com a Folha de Pernambuco.
Nesta edição do Guia, é possível se aprofundar no Agreste e Sertão pernambucanos, fazendo um verdadeiro mergulho na história e cultura do Estado. Belas paisagens, vegetação diversa, gastronomia, turismo de aventura, estão na lista do que o viajante pode encontrar no interior de Pernambuco.
Em tempos de pandemia, onde as atividades turísticas são mais restritas, inclusive com o impedimento de voos brasileiros em alguns países, conhecer o interior é bom para quem se sente pronto para fazer turismo em segurança. O Bora Pernambucar apresenta a história, o artesanato, pontos turísticos, gastronomia, opções de hospedagem de 36 municípios do Agreste e Sertão. No Portal FolhaPE, ao longo dos próximos meses, destinos do Guia Bora Pernambucar serão apresentados com maiores detalhes.
No Agreste, estão contemplados os municípios de Gravatá, Bezerros, Sairé, Bonito, Caruaru, Taquaritinga do Norte, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Brejo da Madre de Deus, Belo Jardim, Garanhuns e Pesqueira.
Já no Sertão, a lista tem as cidades de Buíque, Arcoverde, Ibimirim, Jatobá, Tacaratu, Petrolândia, Floresta, Itacuruba, Belém de São Francisco, São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Triunfo, Serra Talhada, São José do Belmonte, Salgueiro, Serrita, Exu, Araripina, Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande e Petrolina.
“As pessoas têm uma impressão equivocada do Sertão, pois sempre se vendeu o local como um solo rachado. São regiões ricas e isso nunca foi mostrado. A gente tem feito um trabalho na interiorização e estamos mostrando um Sertão diferente, de água, verde, cultura forte, povo acolhedor. O Agreste tem muitas belezas, estamos levando a população a conhecer as riquezas, os destinos que não são tão procurados nas duas regiões, diversificando e evitando aglomerações, criamos um roteiro da viagem para quem visitar nosso Estado com segurança”, disse o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes.
Um dos destaques do Guia é a prática do balonismo em Pernambuco, uma atividade que poucos sabem que se pode praticar no Estado. Em Bonito, no Agreste, o nome da cidade faz jus ao que se encontra nos passeios. Dos aventureiros aos mais calmos, o município conta com sete cachoeiras com visitação contínua e está entre os passeios mais procurados. O roteiro apresenta ainda trilhas, rapel, escalada, caiaque, teleférico e também o balonismo.
Já em Buíque, Sertão pernambucano, é possível conhecer uma das sete maravilhas pernambucanas, o Vale do Catimbau. O principal atrativo turístico do município está ainda entre as cidades de Ibimirim, Sertânia e Tupanatinga, entre o Agreste e o Sertão. No passeio pelo vale, uma verdadeira aula de geografia sobre a separação dos continentes, formações rochosas e pinturas rupestres, que estão há seis mil anos nas rochas do local.
Mas o turismo em Pernambuco não fica somente restrito ao lazer. No Agreste, está localizada a capital da moda, a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, que é uma das cidades-polo da região. O município conta com o maior parque de confecções da América Latina, e é um forte ponto do comércio e indústria têxtil. Mas, a cidade não fica restrita apenas ao comércio e realização de negócios. A 22 km do centro da cidade, é possível encontrar um local de refúgio e calma, na Serra do Pará, com esportes como escalada e rapel e uma história do local rica com pinturas rupestres que compõem o sítio.
Responsabilidade
Com a pandemia da Covid-19 ainda com números altos e exigindo muitos cuidados na sua prevenção, o Bora Pernambucar foi lançado com o intuito de apresentar o turismo local como uma opção para o cidadão pernambucano, e também para o turista que vem ao Estado.
“Não estamos em rota de colisão. O que estamos fazendo é divulgar e promover o turismo de Pernambuco, preenchendo o leque de opções para quem deseja natureza, cultura, aventura. Assim que a pessoa se sentir confortável, ela pode ir. Estamos levando a população a conhecer as riquezas, os destinos que não são tão procurados. Diversificando e evitando aglomerações e concentrações em um único lugar, criamos um roteiro da viagem”, contou o secretário Rodrigo Novaes.
O secretário acredita que com o Guia, a desigualdade regional possa ter uma redução, já que mais cidades estarão sendo vistas por turistas e pernambucanos. “A pandemia tem favorecido o turismo regional, as pessoas receosas de destinos longos. Pernambuco têm 9,5 milhões de habitantes e temos o desejo de ajudar as pessoas a conhecerem o estado. Na Região Metropolitana do Recife, de maior poder aquisitivo, despertar esse sentimento de conhecer é fundamental, porque acaba desenvolvendo regiões e reduzindo a desigualdade”, destacou.
Para o diretor executivo da Folha de Pernambuco, Paulo Pugliesi, o guia pode levar renda para outras regiões do Estado. “É interessante conhecer o nosso Estado. Vamos soltar o guia no contexto de conhecer as riquezas, disseminar a informação. É algo que pode também melhorar a condição econômica”, afirmou.
A diretora administrativa da Folha de Pernambuco, Mariana Costa, conta que a ferramenta vai ajudar o incentivo ao turismo. “Foi uma viagem riquíssima, o material que foi gerado mostra o potencial do turismo que temos em nosso Estado. Ficava impressionada quando recebia o material. É um instrumento para viagem que vai ajudar muito. É uma lógica de viagem”, contou.
Para a editora-chefe da Folha, Leusa Santos, a intenção do guia é proporcionar uma experiência única com o turismo no interior. “O guia traz a experiência do turista. Essa foi a linha editorial que a gente adotou, não um guia de lugares, mas qual experiência se pode ter como turista. Têm histórias, procuramos nos aproximar da realidade de quem viaja, buscamos isso. É como um turista informando outro turista”, destacou.
Por Matheus Jatobá
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