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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

BRONCA NO PSB

Há uma tensão latente no PSB e ela foi acentuada ontem. Motivo: socialistas fazem uma leitura de que o deputado federal Danilo Cabral se precipitou ao apresentar uma lista com 17 nomes, o que configura maioria, consolidando-se na condição de líder. Nas palavras de um dos deputados, que não é de Pernambuco, mas acompanha as articulações, o movimento de Danilo resultou na "destituição de (Alessandro) Molon". Segundo o mesmo parlamentar, a despeito de haver um acordo, segundo o qual Danilo sucederia Molon na liderança do PSB, esse entendimento previa que o pernambucano assumisse hoje. "O documento era claro: Danilo a partir do dia 3", sublinha a fonte, que preferiu não se identificar. Avaliação semelhante é feita por outro parlamentar, segundo o qual a condução de ontem, relativa à divisão dos espaços na Mesa e à eleição, marcada para hoje, "era de fundamental importância". Por esse motivo, argumenta o deputado, não dava para ter tirado Molon antes disso. Em outras palavras, Danilo assumiu a liderança, já participou da reunião do colégio de líderes e o nome dele já figura no site da Câmara dos Deputados na lista de líderes. No entanto, não houve anúncio. Nos bastidores, o que se fala é que uma lista paralela já circula com o intuito de sacramentar um retorno de Alessandro Molon ao cargo.
 
Um deputado da Oposição, em sigilo, à coluna, confirma o "climão" no PSB e observa que o sinal de alerta para os problemas que poderiam rondar a liderança foi acendido desde que Molon fez o movimento de ceder o espaço que caberia, originalmente, ao PSB na Mesa, a Joenia Wapichana, da Rede. A iniciativa se deu antes de Arthur Lira resetar o processo referente aos demais cargos após ser eleito presidente. O gesto foi lido como uma forma de "barrar dissidentes", segundo deputados dizem nas coxias e, já ali, como a coluna cantara a pedra, rendeu rumores, de que uma reviravolta poderia se dar em relação à liderança, até então, hipotecada, por acordo antigo, a Danilo. Agora, uma fonte, à coluna, vaticina: "Ou Danilo perde a liderança ou será um líder de uma bancada em frangalhos". Um socialista adverte que a reação em curso no PSB se dá não porque Danilo, inicialmente, integrou grupo que defendia nome de Arthur Lira, mas "por ter destituído Molon". E arremata: "O pior é que existem deputados que assinaram a destituição sem saber que era destituição. Danilo alegou que era apenas para formalizar a liderança que seria exercida a partir de amanhã (03)". Leia-se: pode haver nova lista para destituir Danilo.
 
"Molon já foi. Tem que parar!"

O deputado Gonzaga Patriota realça a existência de acordo antigo para Danilo Cabral ser líder. "Danilo ia ser líder em 2020. Mas ele não falou comigo e Molon falou. Assumi compromisso com Molon. Quando Danilo veio me procurar, eu disse: ‘Danilo já dei minha palavra’”. Molon ganhou por um voto, relata Gonzaga. “Fizemos acordo para Danilo ser líder em 2021'", acrescenta. Na esteira, lista qualidades de Danilo e adverte: "Molon já foi líder. Tem que parar!".
 
Nem vem! >
 Gonzaga avisa: "Ninguém venha atrás de mim que não assino lista para outra pessoa!". Danilo Cabral, diz Gonzaga, "tem todas as qualidades, além de competente, é muito articulado”.
 
Renildo líder >
Como a coluna antecipou, o deputado federal Renildo Calheiros foi anunciado ontem como líder do PCdoB.
 
Hipotecado > 
Silvio Costa Filho, vice-líder do Republicanos, assumirá a liderança do partido em 2022. A decisão foi tomada após a bancada definir o nome de Hugo Motta (PB) para a liderança em 2021. Chegou-se a ventilar ontem que a sigla poderia ocupar a 1ª secretaria, mas o partido será contemplado com ministério.

Por Renata Bezerra de Melo

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