Diário do Nordeste encerra o ciclo no papel
Seguindo tendência mundial, consequência dos ventos da Internet, vira um jornal digital. Nas redes sociais, aliás, o jornal já é um sucesso. Só o seu Instagram é seguido por mais de um milhão de leitores. Na última quinta-feira, o comando do DN oficializou o silêncio das suas máquinas de impressão que colocaram nas ruas o jornal por 39 anos.
A mudança do impresso para o digital provocou mais de 100 demissões na redação. O Ceará, Estado pujante do Nordeste, tendo sua capital passado Salvador e Recife no crescimento do seu PIB, fica agora com apenas um jornal mandando notícias pelo papel: O Povo.
O Ceará, entretanto, não é o primeiro nem será o único na vanguarda do impresso para o digital. A Paraíba não tem mais nenhum jornal em papel. Até o Correio da Paraíba, o maior do Estado, hoje é lido apenas nas plataformas digitais. Em Alagoas, a Gazeta, do Grupo Collor, sai em papel apenas uma vez por semana.
Veja abaixo a nota da Associação Cearense de Imprensa:
"O fim da edição impressa do jornal Diário do Nordeste, anunciado para o dia 28 de fevereiro próximo, representa grande perda para a imprensa cearense. Ao longo de 39 anos de existência, gerações de jornalistas, gráficos e outros profissionais construíram a história do veículo, dentre os quais nomes que integram a Associação Cearense de Imprensa. Para além do encerramento da edição impressa, as demissões de jornalistas e gráficos são a face mais preocupante desta data. No momento gravíssimo vivido pelo mundo, o desemprego é a pior situação a ser vivida por profissionais que dedicaram suas vidas ao jornal. Ficam aqui nossa solidariedade e apoio aos colegas demitidos.
Fortaleza, 18 de fevereiro de 2021
Diretoria da Associação Cearense de Imprensa"
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