NÁUTICO - PLANEJAMENTO

Readaptação, conhecimento individual e 15 dias de pré-temporada: o trabalho físico do Náutico visando as competições em 2021

'Temos que ter respeito, especialmente, pelos jogadores que tiveram a Covid-19', apontou (Foto: Caio Falcão/CNC)

De acordo com o preparador Robson Gomes, a manutenção da base para o ano de 2021 pode ser fundamental para o aumento de performance

Primeiro clube do Trio de Ferro pernambucano a iniciar o trabalho visando a temporada 2021, o Náutico tem pensando grande para ter bom desempenho nas duas competições que disputará no ano: o Campeonato Pernambucano e a Série B. Com o intuito de ser candidato ao título estadual e ao acesso, o elenco alvirrubro irá trabalhar de maneira intensa a parte física para chegar no ápice da performance ao longo das competições.  

Segundo o preparador físico alvirrubro, Robson Gomes, o trabalho que foi iniciado ontem, na reapresentação dos atletas, será dividido em duas partes. Primeiramente, será feita uma readaptação física, uma vez que os atletas tiveram apenas 10 dias de descanso e, portanto, não tiveram grande perda física e, posteriormente, será realizada uma pré-temporada com entre 15 e 20 dias, que deve ser estendida até as primeiras rodadas do Estadual. 

“Temos que tirar proveito desse nosso tempo. Essa queda na performance física nestes dez dias foi programada e estabelecida para que os atletas pudessem ser submetidos a uma nova carga de trabalho. Eles não chegaram a zero, como acontece nos 30 dias de férias, mas teve uma queda para que possamos estabelecer de maneira progressiva a nossa idealização do nosso planejamento. Queremos fazer uma readaptação física nesta semana e a partir da semana que vem iniciarmos a pré-temporada. Ela vai se estender por entre 15 e 20 dias, pois queremos chegar na decisão do Estadual e vamos usar essa primeira fase, especialmente, porque não temos calendário”, explicou. 

O profissional ainda aponta que um fator que pode potencializar o trabalho que será desenvolvido no começo da temporada é o conhecimento individualizado de cada atleta, que foi obtido ao longo da Série B 2020. De acordo com Robson, outro fator importante é o respeito aos limites dos atletas, especialmente aqueles que foram acometidos pela Covid-19 na temporada passada. 

“Uma coisa que nos ajuda muito é sermos conhecedores do atual elenco. Tivemos dois meses e meio trabalhando à frente deste grupo na Série B 2020 e isto nos deu um sustentáculo de conhecimento de maneira indvididualizada de cada atleta. Isso é fundamental para o desenvolvimento do trabalho de todas as comissões técnicas. Se você conhece o perfil individual de cada atleta, você sai na frente para saber qual a dosagem de trabalho para o aumento de performance. Além disso, temos que pensar nesse período de pandemia, que foi único e nós temos que ter respeito, especialmente, pelos jogadores que tiveram a Covid-19 e ter um cuidado especial com a evolução destes atletas”, salientou.

Por fim, Robson deixou claro que considera uma vantagem, mesmo que obtida através dos insucessos do clube em 2020, o tempo a mais para a preparação física que o elenco alvirrubro terá. Ele destacou que a manutenção da base da equipe comandada por Hélio dos Anjos na reta final da Série B pode ser muito proveitosa para um início qualificado do ponto de vista físico.

“Temos que tirar proveito desse nosso tempo. já que por demérito nosso, nós não nos classificamos para todas as competições que o Náutico tem capacidade e temos que almejar, pois no ano que vem queremos participar da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil, queremos inchar o nosso calendário. Agora, nossa ideia é fazer com que os atletas entendam que os nossos objetivos são brigar pelo título do Campeonato Pernambucano e o acesso à Série A.”

“Tivemos a felicidade de manter boa parte do grupo, que muitos se apresentaram já no primeiro dia, e vamos fazer através da individualização das cargas de trabalho com que os atletas tenham esse aumento de performance sentido, especialmente, aliados com a Fisiologia que nos dá uma certeza muito grande da base científica do nosso trabalho”, finalizou. 

DP