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quarta-feira, 17 de março de 2021

NÁUTICO - AFLITOS VAI A LEILÃO

Com Aflitos em leilão por dívida com jogador que nunca jogou no Náutico, jurídico busca acordo

Estádio dos Aflitos está disponível para leilão (Foto: Tiago Caldas/CNC)


Estádio e sede do Timbu estão disponíveis para arremate por causa de um pré-contrato não cumprido com o lateral Panda, na época que ele defendia o Santa Cruz


O Estádio dos Aflitos e a sede do Náutico vão a leilão. Com dívidas trabalhistas, o complexo do clube, avaliado em R$ 197.220.354, tem arremate marcado para o dia 12 de abril, com lance mínimo estipulado acima dos R$ 98 milhões. Agora, para evitar perder sua casa, o Náutico tenta suspender o leilão e adiantar um acordo para o pagamento da dívida com o lateral esquerdo Panda, ex-Santa Cruz, que nunca vestiu as cores do Alvirrubro.

O caso é bem diferente das dívidas trabalhistas mais frequentes, quando atrasos salariais ou não pagamento de benefícios geram denúncias por parte dos funcionários. Márcio Gama Moreira, o Panda, nunca foi jogador do Náutico, mas chegou a assinar um pré-contrato para defender o clube em 2014, quando atuava no Santa Cruz, algo que não foi cumprido pelo Timbu.

O contrato de Panda com o Náutico teria vigência entre 01/06/2014 a 30/05/2015, com multa no valor de R$ 150.000. Ainda em maio, Panda chegou a rescindir com o Santa para trocar de clube na capital, mas, com a negativa alvirrubra, ele seguiu para o Campinense e acionou o Náutico judicialmente. A situação foi explicada pelo vice-presidente jurídico do Náutico, Bruno Becker.

"Esse é um processo de 2015, foi de um jogador que sequer atuou pelo clube. Absurdo isso. Ele tinha um pré-contrato com o clube e quem comandava o futebol do clube na época, decidiu que não ia cumprir o pré-contrato, simplesmente mandou o jogador embora, sem cumprir o pré-contrato. Aí o jogador entrou com essa reclamação trabalhista".

Com isso, Bruno também explicou o processo do leilão, alertando para o trabalho em duas frentes que será feito pelo clube para evitar a penhora do complexo formado por dois edifícios, sala médica, piscina térmica, lavanderia, parque infantil, quadra de basquete e parque aquático.

"Está marcado o leilão agora, para o mês de abril no dia 12. É uma ação que o valor da execução é de aproximadamente R$ 274 mil, então não é um valor tão alto diante dos outros processos que o clube tem. E a gente já está trabalhando nas duas frentes que temos, que são tentar suspender o leilão e, em paralelo, tentar fazer um acordo”.

Ainda segundo Bruno, a suspensão do leilão só seria uma medida provisória. Ele explicou como se dá esse processo e porque um acordo seria prioritário.

"Só tem duas formas de se suspender um leilão. Uma é encontrando algum vício processual, isso pode ser, por exemplo, o edital de designação do leilão não obedeceu às regras legais, não tinha as informações completas do imóvel, do processo, não foi publicado no prazo correto, enfim, algum vício desse tipo (...) Se a gente sustar o leilão, a gente resolve de imediato, mas, depois, é designado um novo leilão. O melhor caminho para resolver é tentar um acordo, e a gente está trabalhando em paralelo para construir aqui uma engenharia financeira específica para esse caso".

DP

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